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Efeito dos biorreguladores em hortaliças e frutas

Amauri Alves de Alvarenga

Professor da Universidade Federal de Lavras

amauriaa@dbi.ufla.br

 

 Fotos Shutterstock
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Os fitormônios, que são substâncias naturais produzidas em pequenas quantidades pelas plantas, são translocadas para outras regiões, ou seja, para todo o vegetal, agindo no controle dos processos de desenvolvimento vegetal.

Os fitorreguladores são substâncias sintéticas que apresentam os mesmos efeitos dos hormônios naturais.A única diferença que existe em termos de ação é que os fitormônios são produzidos em pequenas quantidades e os fitorreguladores são aplicados em concentrações maiores.

As concentrações mais elevadas são necessárias em uma planta, dependendo do objetivo do produtor. Considerando as fases fenológicas da planta existem,porexemplo, reguladores que são usados para acelerar a germinação, enquanto outros são utilizados para estimular o desenvolvimento vegetativo e outros para a fase reprodutiva, como a produção extemporânea de frutos (produção fora de época), o que geralmente é aplicado em produção de frutas subtropicais e tropicais, e até mesmo temperadas.

Em mangas, por exemplo, são usados alguns tipos de giberelinas e também inibidores de crescimento, como é o caso do Pacobutanzol.O biorregulador a ser utilizado depende do objetivo final e da fase em que se encontra.

Entenda melhor

O regulador de crescimento para a propagação assexuada consiste no uso de auxinas sintéticas,como o ácido indol butílico e o ácido naftaleno acético no enraizamento dos segmentos de caule, ou a aplicação de ácido naftaleno acético, como é o caso de um produto comercial para a aplicação em mudas de raízes nuas.

Essas plantas são tratadas por meio do sistema radicular e são levadas imediatamente para o campo para apressar o pegamento no campo, porque vai estimular o desenvolvimento do sistema radicular.

Opções

Os tipos disponíveis de biorreguladores para agricultura são: auxinas, giberelinas, citocininas, etileno, ácido abicízico, brasinoesteroides e metil jasmonato. Temos como representantes das auxinas o ácido indolbutírico (IBA), cujo princípio ativo é o ácido naftaleno acético.

Há, ainda, o pacobutrazol. Existem alguns bioestimulantes, à base de giberelina, e outros compostos por auxinas, citocininas e giberelinas. O Ethrel é outro produto bastante utilizado, principalmente para a maturação de frutos climatéricos. Àbase de cloro-etil ácido fosfônico, ele é usado para maturação de café e de frutos comestíveis, como banana, manga e tomate.

Geralmente as mudas de hortaliças podem apresentar dormência nas sementes.Nesse caso, o ácido giberélico, um tipo de giberelina, pode ser usado para a quebra da dormência, se essa for a dormência fisiológica de embrião.

Caso a dormência seja da casca da semente, não são utilizados os reguladores, mas sim outros produtos químicos que favorecerão a entrada dos prótons fitorreguladores.

Fotos Shutterstock
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Vantagens

Em termos de tamanho de frutos, é evidente a ação de determinados reguladores, principalmente o caso da giberelina, que aumenta o tamanho do fruto.Quando aplicadas em épocas apropriadas e em doses adequadas, as giberelinas estimulam a produção de frutos sem sementes, os chamados frutos partenocárpicos.

É muito usada a giberelina no nordeste para a cultura da videira. Uvas itália e rubi, que apresentam número pequeno de sementes, são produzidas com o ácido giberélicos.Até para a produção de melancia existem genótipos produzidos pela biologia molecular, ou seja, plantas geneticamente modificadas que são praticamente sem sementes.

Antigamente obtínhamos essas mesmas frutas utilizando auxina e giberelina em determinadas épocas do desenvolvimento visando à produção de frutos sem sementes. Isso aconteceu com pimenta, pimentão e melancia.

Principalmente as giberelinas e os produtos à base de etileno são produzidos via foliar e a pulverização é normal. Mas, se for, por exemplo, com o objetivo de acelerar a germinação, em caso de dormência de sementes, seria por indução.

Manejo

Se o objetivo do uso do produto for para produção de fruto, a aplicação tem que ser numa fase que antecede a diferenciação e a formação dos botões florais.Para isso, cada cultura, de acordo com a sua fenologia e duração das fases, a época correta para aplicar, e geralmente a pesquisa é necessária para saber a época de aplicação ideal e a dosagem do produto.

É preciso resguardar a época da floração, sendo que muitas vezes se exige mais do que uma aplicação. Fazemos uma bem antecedente à florada e outra dias antes da emergência dos primeiros botões florais.

Essa matéria completa você encontra na edição de junho 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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