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Embrapa e empresas criam “Associação Rede ILPF“

 As principais culturas utilizadas na integração são as anuais soja, milho e sorgo - Crédito Sérgio José Alves
As principais culturas utilizadas na integração são as anuais soja, milho e sorgo – Crédito Sérgio José Alves

No dia 04 de abril foi lançada na Embrapa Sede, em Brasília (DF), a Rede ILPF, uma associação formada entre Embrapa, cooperativa Cocamar e as empresa John Deere, Soesp e Syngenta. O objetivo é estimular o uso da tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e ajudar a garantir que o Brasil alcance 19,3 milhões de hectares  com ILPF até 2020. Estima-se que, hoje, cerca de 14,6 milhões de hectares brasileiros sejam gerenciados com o uso de sistemas integrados.

A parceria público-privada marca uma nova fase de um trabalho iniciado em 2012, quando se formou a Rede de Fomento ILPF. Naquela época, com outra constituição jurídica, as empresas passaram a aportar anualmente R$ 500 mil cada uma em uma fundação para custear ações conduzidas pela Embrapa, como a instalação de 107 Unidades de Referência Tecnológica, realização de dias de campo e eventos técnicos, capacitação de profissionais, além da geração de informações sobre os sistemas integrados de produção agropecuária.

A transformação da Rede ILPF em uma associação visa facilitar a entrada de novas empresas parceiras, de modo a possibilitar a ampliação do escopo de ações desenvolvidas. De acordo com o presidente do Conselho Gestor da Rede ILPF e pesquisador da Embrapa, Renato Rodrigues, a expectativa é que a associação possa contar com representantes de diferentes setores, como a base florestal, cadeia produtiva do leite e de tecnologia da informação, por exemplo.

Nesta nova fase, a Rede ILPF continuará o trabalho de transferência de tecnologia, capacitação de assistência técnica e de comunicação que já vem sendo feito, buscando aperfeiçoá-lo. Além disso, terá foco na internacionalização, na agregação de valor por meio da certificação e na inovação.

“Temos a meta de captar US$ 1 bilhão para financiar projetos de pesquisa e ações relacionadas à transferência de tecnologias. Entre as prioridades estão a definição de metas para o reconhecimento internacional da ILPF como mitigadora de emissões de gases de efeito estufa e o desenvolvimento de uma plataforma digital de ATER [assistência técnica e extensão rural]“, afirma Renato Rodrigues.

Pastejo de inverno em Mombaça pós-soja - Crédito Sérgio José Alves
Pastejo de inverno em Mombaça pós-soja – Crédito Sérgio José Alves

ILPF em Números

De acordo com pesquisa encomendada pela Rede ILPF, em 2016 o Brasil possuía 11,5 milhões de hectares com algum tipo de sistema integrado – 83% dessa área são formados por sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), 9% por ILPF, 7% por sistemas de pecuária-floresta (IPF) e 1% por integração lavoura-floresta (ILF).

Com base na pesquisa de 2016, a Plataforma ABC, grupo multi-institucional formado para acompanhar a redução das emissões de gases de efeito estufa, estima-se que na safra 2017/18 a área com sistemas integrados chegue a 14,6 milhões de hectares. A projeção é que até 2020 a área chegue a 19,3 milhões de hectares.

Sendo uma tecnologia de baixa emissão de carbono, a ILPF é uma das apostas do governo brasileiro para cumprir os compromissos de redução de emissão de gases de efeito estufa assumidos internacionalmente.

Vista aérea de um sistema de ILPF - Crédito José Albino Zacarin
Vista aérea de um sistema de ILPF – Crédito José Albino Zacarin01

Essa é parte da matéria de capa da Revista Campo & Negócios Grãos, edição de junho de 2018. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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