Esperando 25 mil visitantes para esta edição, a Expocafé prepara novidades em mecanização e pós-colheita
A 21ª edição da Expocafé acontecerá, neste ano, entre os dias 16 e 18 de maio, no Campo Experimental da Epamig, em Três Pontas (MG). São aguardadas novidades para cafeicultores e visitantes de diversas regiões do País, a começar pelo aumento na área de exposição, que neste ano será de 14,4 mil metros quadrados, cerca de 2 mil m² a mais que a edição de 2017.
Com uma média de público de 25 mil participantes, sendo 65% deles produtores de café, a feira terá plantões técnicos voltados ao trato da cultura. Os temas tratados serão: “˜Pesquisas para a tolerância à seca em café’; “˜Pragas e doenças do cafeeiro’; e “˜Cultivares de café’. Os plantões técnicos acontecerãode manhã e à tarde.
Uma média de 150 empresas confirmou a participação no evento, as quais apresentarão aos visitantes desde maquinários pesados para lavouras até embalagens, passando por softwares e soluções de gestão para a cafeicultura. “Temos 15 novas empresas expositoras e a confirmação dos principais fabricantes de tratores. Instituições bancárias também irão participar, oferecendo linhas de crédito para a aquisição de equipamentos“, informa Antônio Nunes, coordenador de Negócios da Expocafé.
As estações da Dinâmica de Campo serão voltadas para o processamento da água e secagem do café; e Cultivares de Café: importância da resistência a doenças.
Durante as dinâmicas de máquinas, os cafeicultores poderão conhecer na prática o funcionamento de equipamentos para a lavoura cafeeira. As demonstrações serão feitas no cafezal do Campo Experimental da Epamig, que é referência em pesquisas sobre cafeicultura. Além disso, acontecerão palestras, debates e painéis com a participação de pesquisadores, professores, consultores, produtores e importadores.
Importância nacional
Criada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e realizada pelo Governo de Minas Gerais, a Expocafé é considerada o principal evento da cafeicultura nacional. Neste ano, a feira, que conta com uma diversificada programação técnica, além da exposição de máquinas e de diversos tipos de insumos e produtos para atividades agrícolas, será organizada pela Epamig.
A história da Expocafé começou em 1997, tendo chegado à sua 21ª edição neste ano. César Elias Botelho, pesquisador da Epamig e membro da comissão técnica da Expocafé, o evento é uma marca da Universidade Federal de Lavras, que foi a idealizadora dele. “Naquela época, tivemos professores e profissionais ligados à mecanização agrícola, além da Cocatrel, que pontuavam a necessidade de introduzir os maquinários em regiões montanhosas, como o Sul de Minas, que até então era algo impossível. Surgiu daà a ideia do evento, que trouxe junto soluções para essa problemática“, relata.
Com a abertura da Expocafé, muitas empresas se mostraram interessadas em expor suas tecnologias, as quais foram sendo adaptadas para atender a demanda dos produtores e esses, por sua vez, se mostravam ávidos por transformar seu negócio em algo mais profissional. “A Expocafé foi um marco para a mecanização da cafeicultura do Sul de Minas, sem dúvida. O sucesso foi tão grande que com o passar dos anos seu crescimento era surpreendente, e atualmente a Epamig foi integrada à sua organização, trazendo ainda mais benefícios e garantindo expressão nacional do evento“, detalha César Botelho.
Tecnologias atraem público fiel
A Expocafé de hoje é um grande evento da cafeicultura, e a exposição se expandiu a tudo ligado ao setor, não só mecanização. Esse feito atrai um público de todas as regiões produtoras, seja do Sul de Minas, Cerrado, Triângulo Mineiro, Alto ParanaÃba e Zona da Mata, além de muitos visitantes de outros Estados, como São Paulo, Paraná, Bahia e Espírito Santo, e pontualmente de outros países.
“Estima-se que esta 21ª edição atraia 25 mil pessoas para Três Pontas, nos três dias de evento, as quais viajam em busca de soluções para seu negócio. As empresas de maquinários e insumos agrícolas sempre apresentam novidades, todas recomendadas para a cafeicultura de montanha, que tem características específicas. São soluções para parte ou o todo da mecanização do café, nicho que tem sido bastante explorado na Expocafé. A pós-colheita também promete muitas novidades nesta edição, com mais economia no custo de produção e menor uso de água, além de secagem estática, que podem agregar ao produto final“, revela César Botelho.
Estações
A Epamig estará com duas estações durante a Expocafé, e contará com dinâmicas de campo para exposição prática de tecnologias. Desta forma, o produtor pode ver o produto funcionando e como aplica-lo em sua atividade, com resultados reais.
Já nas estações técnicas a Epamig apresentará as cultivares de café melhoradas geneticamente, com resistência a ferrugem e opções voltadas a uma cafeicultura mais empresarial ou familiar.
Uma equipe da Universidade Federal de Viçosa estará na Expocafé para demonstrar as tecnologias de pós-colheita voltadas à agricultura familiar, como a secagem em fornalhas, que apresentam custo mais reduzido e menor impacto ambiental, por terem menos fumaça.
“Notamos que, apesar de a Expocafé ter como foco a cafeicultura, os expositores, cada vez mais, trazem novidades adaptadas à realidade das propriedades rurais que, na maioria das vezes, investem na diversificação das culturas. Isso faz com também sejam expostos equipamentos associados à produção leite, milho, feijão e soja, dentre outros“, observa César Botelho.
Programação
A programação da Expocafé terá início no dia 15 de maio, com o 9º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, evento técnico destinado a participantes previamente inscritos. Outro ponto alto da feira será a Dinâmica das Máquinas, em que os visitantes conhecem na prática o funcionamento de equipamentos para a lavoura cafeeira.
As demonstrações são feitas na própria área do Campo Experimental Epamig, que é referência em pesquisa sobre cafeicultura.
A Dinâmica das Máquinas acontece nos dias 16 de maio de 13 às 17h e 17 de maio de 09 às 17h.