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A fábrica Fibraztech, do Grupo Aurantiaca, inicia as operações da Unidade de Processamento de Fibras ““ UPF. A indústria integra o complexo industrial Frysk, localizado no município do Conde, Litoral Norte da Bahia. O coco utilizado é originário das fazendas próprias da Obrigado® e também de outras propriedades rurais da Bahia, a maioria da região do Conde. A nova unidade gera atualmente dois produtos: pó de coco e fibra de coco, ambos provenientes do coco seco.
O Vice-presidente da Aurantiaca, Roberto Lessa, explica que o pó do coco é um produto ainda pouco conhecido no Brasil, mas que possui uma grande importância para a aplicação na agricultura de alta tecnologia, sendo utilizado como substrato para plantas. “Esse pó é aplicado com o intuito de fortalecer e favorecer o crescimento da vegetação, melhorando o desempenho da agricultura“, afirma Lessa.
Na nova fábrica foram investidos cerca de cinco milhões de dólares, entre prédio, maquinário e infraestrutura. A nova unidade vai processar cerca de 3 milhões e 168 mil cascas de coco, por mês. Serão produzidas mensalmente 308 toneladas de fibras.
              Lauro Finizola, engenheiro de projetos e desenvolvimento de equipamentos da UPF, afirma que na Unidade há, no momento, um estoque de 6 milhões e 800 mil cascas de coco. Essa matéria-prima é levada por uma carregadeira e depositada no transportador, onde posteriormente é conduzida para um batedor de fibras. Na etapa seguinte, a casca é processada, resultando em uma fibra ainda em estágio bruto.
Do transportador, o passo posterior consiste em leva-la para o pátio de maceração. “A fibra passará alguns dias sendo molhada para absorver a resina. Depois disso é levada para o desfibrador e para as peneiras classificatórias, que têm a finalidade de separar o pó da fibra. Depois será lavado, secado e enfardado por uma prensa. Tornando as fibras em fardos de 180 Ã 200 quilos, cada um“, explica.
Os fardos das fibras são transportados para a unidade têxtil da Frysk, também no Conde. Lá as fibras são utilizadas na confecção de mantas e de biorrolos. De acordo com o gerente da Fibraztech, Isomar Martins, esses produtos que saem da unidade têxtil são muitos usados na engenharia para várias aplicações, inclusive para o reflorestamento de encostas, durante obras de construção de estradas. “Dois exemplos de utilização desses produtos na Bahia são a duplicação da Linha Verde, entre Praia do Forte e Itacimirim, além das obras do Complexo de Viadutos do ImbuÃ, em Salvador“, afirma.