Entidades do Governo de Minas, com apoio da Embrapa e participação de representantes de prefeituras, vão identificar perdas e fertilidade do solo
Uma força-tarefa começou a fazer visitas às propriedades rurais atingidas pela lama com resíduos de mineração, após o rompimento de uma barragem da empresa Samarco, no município de Mariana, região Central de Minas Gerais. Técnicos irão avaliar os impactos provocados pelo acidente, além da análise do solo da região com o objetivo de verificar as condições de fertilidade para retomada da produção agropecuária.
Na última quarta-feira, dia 18, durante uma reunião na Câmara Municipal de Mariana foi decidido um plano de ações envolvendo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Minas Gerais (Epamig), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e representantes das prefeituras de Mariana e Barra Longa. A intenção é agilizar o processo de coleta de informações.
“A Emater-MG, pelo conhecimento e convivência direta com os produtores, tem capacidade de visitar as comunidades e identificar as reais perdas. Pelos conhecimentos dos técnicos nas atividades desenvolvidas na região e até mesmo dos próprios produtores, será possível saber as perdas econômicas e produtivas das propriedades“, destaca o gerente do Departamento Técnico da Emater-MG, Leonardo Kalil.
Segundo o secretário de Estado de Agricultura, João Cruz, todo sistema de agricultura do Minas Gerais e entidades do Governo Federal, com a Embrapa, estão envolvidos no atendimento aos municípios. “Nosso desafio é muito grande. A reunião é para planejar e oferecer uma solução do que fazer com as propriedades rurais atingidas pela lama. A ideia é fazer um levantamento e análise do material que atingiu as comunidades e identificar o que podemos fazer para o terreno voltar a ser apto para produção de alimentos“, ressalta.
Na primeira etapa da força-tarefa, a Embrapa e Epamig realizam a coleta de amostras dos solos atingidos. Em seguida, os técnicos da Emater-MG vão percorrer as áreas para identificar as perdas dos agricultores prejudicados.
Leonardo Kalil também afirma que pelas condições dos acessos às comunidades e propriedades ainda não é possível ter um prazo para o trabalho. “Muitas áreas estão sem acessos e com muitas dificuldades para coletar as informações. Vamos utilizar usar geotecnologias e imagens de satélites e aéreas para fazer o analise o mais rápido possível e oferecer respostas e soluções para os produtores rurais“, explica.