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domingo, novembro 24, 2024
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Formação de mudas com vermiculita

 A tecnologia da vermiculita tem proporcionado melhor geminação, comprimento da raiz e da parte aérea

 

Muda do Viveiro Santa Cruz  - Crédito Walter Silva
Muda do Viveiro Santa Cruz – Crédito Walter Silva

Raiz de Muda com boa formação - Crédito Walter Silva
Raiz de Muda com boa formação – Crédito Walter Silva

Muda - Crédito Walter Silva
Muda – Crédito Walter Silva

Viveiro de Mudas - Crédito Walter Silva
Viveiro de Mudas – Crédito Walter Silva

Produção de muda em ambiente protegido - Crédito Walter Silva
Produção de muda em ambiente protegido – Crédito Walter Silva

Mudas em bandejas de isopor - Crédito Walter Silva
Mudas em bandejas de isopor – Crédito Walter Silva

Um substrato de qualidade é fundamental na obtenção de mudas sadias e vigorosas. Um bom substrato deve ser composto por matérias-primas confiáveis, isentas de patógenos e plantas daninhas, uniformes, estáveis e com características de interesse para o bom desenvolvimento das raízes e também da parte aérea das novas plantas.

A escolha de um bom substrato deve contemplar todas essas exigências. “Matérias-primas com boa capacidade de retenção de água e dos nutrientes, estáveis, e que não modificam suas características ao longo do ciclo da muda são altamente desejáveis“, considera Walter Silva, engenheiro agrônomo e diretor técnico/comercial da Terra Mater.

A leveza e porosidade também facilitam o manejo, o bom desenvolvimento das raízes e, por consequência, a boa formação do torrão, fator determinante no pegamento e sobrevivência das mudas pós-transplante.

Opções em substratos

Inicialmente, no Brasil, em meados dos anos 80, predominaram os substratos feitos à base de casca de pinus compostada e vermiculita expandida. Posteriormente, surgiram produtos com fibra de coco, turfa de sphagnum e casca de arroz carbonizada, sempre misturados à vermiculita.

A escolha

A melhor escolha dependerá de uma série de fatores, enumerados por Walter Silva: “Qual tipo de muda, qual espécie? Qual a disponibilidade de água, tipo de recipiente utilizado, forma de aplicar os adubos, clima, região, mão de obra disponível, valor de venda das mudas produzidas etc. De posse dessas informações, ele chegará ao material ideal“, ensina o especialista.

A vermiculita

A vermiculita é um mineral da família das micas, que apresenta uma curiosa característica de, quando aquecida a temperaturas elevadíssimas (700 a 900ºC) expulsa as moléculas de água de sua estrutura, expandindo de 8 a 10 vezes o seu volume inicial. “Na prática, dizemos que o minério de vermiculita estoura “como pipoca“. Após essa expansão, a vermiculita expandida se torna uma matéria-prima consagrada mundialmente na composição de substratos, por ser leve, uniforme, isenta de microrganismos patogênicos, ter alta capacidade de retenção de água e nutrientes“, esclarece Walter Silva.

Vantagens para a produção de mudas de HF

Além de compor a mistura do substrato, combinando muito bem com outras matérias-primas, como casca de pinus, fibra de coco, turfa de sphagnum e casca de arroz carbonizada, a vermiculita é muito utilizada na cobertura das sementes.

Pelas suas características, e também por ser um bom isolante térmico, a cobertura das sementes com vermiculita preserva a umidade na superfície dos tubetes ou bandejas, minimiza o efeito das temperaturas elevadas, auxiliando na obtenção de bons índices de germinação.

Culturas mais beneficiadas

Todas as sementes de hortícolas e também as flores respondem muito bem à presença da vermiculita, tanto na composição dos substratos como na cobertura pós-semeadura.

Walter Silva lembra que a vermiculita aumenta muito a eficiência do uso da água nos viveiros. Por reter de quatro a cinco vezes seu próprio peso em água, a presença da vermiculita expandida evita o ressecamento do substrato. “Sua elevada CTC (Capacidade de troca de cátions) cria uma “prateleira“ para armazenamento dos nutrientes adicionados, evitando a lixiviação exagerada e, por tabela, a menor contaminação dos lençóis freáticos. A vermiculita é estável, permitindo aos viveiristas definirem com maior facilidade o manejo da água e dos adubos na formação das mudas“, pontua.

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