Autores
Matheus Majela de Jesus Silva
matheus.majela@gmail.com
Adalberto Filipe Macedo
Erick Alcides Amaral Rocha
Ronald Machado Silva
Graduando em Agronomia – Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Guilherme Mateus Dias Barbosa
Engenheiro agrônomo e mestrando Produção Vegetal – UFV
Flávio Lemes Fernandes
Doutor em Entomologia e professor – UFV
Maria Elisa de Sena Fernandes
Doutora em Genética e Melhoramento e professora – UFV
Formigas dos gêneros Atta e Acromyrmex distribuem-se amplamente pelo continente americano desde o Sul dos Estados Unidos, América central até o centro da Argentina. São consideradas as pragas de grande importância para as espécies florestais no Brasil, seja pelos prejuízos causados ou pelos custos e dificuldades de controle.
O gênero Atta é conhecido popularmente por saúva, enquanto o gênero Acromyrmex é conhecido por quenquém. Dentro desses dois gêneros encontrados no Brasil, algumas espécies de ambos gêneros, por ocorrerem em áreas de grande exploração agropecuária, se destacam pela importância econômica.
Ocorrência
Destacam-se pela ocorrência praticamente generalizada as espécies de Atta – saúva cabeça de vidro, saúva limão, saúva parda e saúva mata pasto. Já as quenquéns são as do gênero Acromyrmex – quenquém mirim, quenquém e quenquém de cisco.
Tais espécies consomem mais vegetação do que qualquer outro animal, até mesmo os mamíferos, podendo gerar a desfolha total ou até a morte de mudas ou de árvores já adultas. Existe uma certa preferência por culturas ou plantas, conforme a espécie de formiga, seja saúva ou quenquém. Eucaliptos, por exemplo, são preferidos pela saúva limão, enquanto a saúva parda tem preferência por pastagens e cana-de-açúcar.
A identificação das formigas é baseada na morfologia dos soldados, que são a classe de trabalho que sai do ninho em defesa de fontes vegetais utilizadas como substrato para cultivar os fungos que são a base da alimentação do inseto.
Danos
O dano causado pelas formigas em florestas cultivadas é influenciado pela densidade de formigueiros na área e pelo nível de desfolha. A produtividade sofre um impacto negativo dependendo da densidade de ninhos e é acentuado pelo nível de desfolha, e da fase de desenvolvimento da planta atacada. Esses ataques podem ser muito mais complexos do que apenas a redução da área foliar e, consequentemente, da capacidade fotossintética.
Pesquisas mostraram que 200 formigueiros/ha de quenquéns causam perdas de 30% das plantas de eucalipto. De forma geral, os maiores prejuízos ocorrem nos dois primeiros anos de implantação, podendo causar a mortalidade das plantas. Pesquisadores estimam que um sauveiro consome durante um ano 86 árvores de eucalipto e 161 árvores de pinus, num total de uma tonelada de vegetais.
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