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sábado, setembro 21, 2024
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Fosfito torna a fotossíntese mais ativa

 

Douglas José Marques

Professor de Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS

douglas.marques@unifenas.br

Hudson Carvalho Bianchini

Professor de Fertilidade do Solo da UNIFENAS

Diogo Elias Batista

Acadêmico do curso de Agronomia – UNIFENAS

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Os fosfitos (H2PO3-, HPO3-2) são formas reduzidas de fósforo (P) originadas a partir da redução do fosfato. São produtos comercializados como sais de metais alcalinos obtidos a partir do ácido fosforoso (H3PO3); sendo comercializados como fosfito de potássio, fosfito de cálcio, fosfito de sódio e fosfito de amônio.

Essas formulações são recomendadas como fungicida ou como suplemento de P e são indicadas para diversas culturas. A utilização do fosfito amplia a chance de recuperação da lavoura devido a algum estresse que as plantas tenham sofrido.

Além disso, ele proporciona vários benefícios às culturas:

ð Aumenta o teor de clorofila na planta;

ð Estimula a fotossíntese;

ð Favorece o desenvolvimento radicular.

No solo

O fosfito é rapidamente absorvido pelas raízes, folhas e caule, sendo assimilado na sua totalidade, o que não acontece com os fosfatos. Para ser absorvido ele exige menos energia da planta, favorecendo a absorção de cálcio, boro, zinco, molibdênio, potássio e outros elementos.

Sua ação na planta é sistêmica, sendo translocado pelo xilema e pelo floema. Dependendo da cultura, a translocação das folhas para as raízes pode ocorrer num prazo de até 24 horas e permanecer ativo por até 160 dias, já que os fosfitos não são metabolizados pelas plantas.

Atualmente, existem no mercado diversas formulações à base de fosfito, cuja utilização na agricultura tem se intensificado nos últimos anos, principalmente como soluções de fosfito de potássio, utilizados para aplicação foliar ou via solo.

Influência na recuperação da lavoura

O fosfito é considerado um agente indutor de resistência a doenças e seu uso como fonte de fósforo, via solo ou foliar, principalmente em algumas frutíferas e em hortaliças, tem incrementado o desenvolvimento fenológico, produtivo e também a qualidade dos produtos agrícolas, especialmente quando a cultura se encontra adequadamente suprida por fósforo.

A utilização de fosfitos na produção vegetal também favorece a proteção da planta contra doenças fúngicas, vasculares, oídios e viabiliza a resistência futura da planta, devendo, portanto, ser utilizado principalmente de forma preventiva.

Quando usar

O fosfito deve ser aplicado durante o ciclo das culturas, iniciando-se na fase vegetativa. Sua aplicação deve ser realizada com pulverizadores, aplicando a solução de maneira a efetuar uma cobertura uniforme de toda cultura, evitando-se a pulverização durante as horas mais quentes do dia.

A utilização de fosfitos na produção vegetal deve ser, principalmente, de forma preventiva. A aplicação pode ser feita na planta toda, pois o caráter sistêmico dos fosfitos favorece a sua rápida absorção e sua distribuição para caules e folhas.

O uso do fosfito via foliar favorece o aumento na absorção de vários nutrientes essenciais, resultando em incremento na produção. A dosagem do fosfito pode variar em função do produto aplicado. De maneira geral, recomenda-se de sete a 10 aplicações ou que sejam feitas quinzenalmente até o final da fase vegetativa.

Erros a serem evitados

1- Sempre consultar um técnico antes da aplicação;

2- Escolher o produto em função da cultura;

3- Sempre realizar a análise da fertilidade do solo, fazendo seu monitoramento regular.

Custo

Geralmente o custo de aplicação não é alto, variando em função do produto escolhido. Atualmente, são comercializadas várias fontes de fosfito, como o fosfito de potássio, fosfito de magnésio, fosfito de zinco, fosfito de cálcio, fosfito de molibdênio, sendo facilmente encontrados no comércio.

O custo-benefício da aplicação de fosfitos nas diferentes culturas normalmente é alto, pois ele controla e previne doenças fúngicas, devido à produção de fitoalexinas que inibem o desenvolvimento de fungos, além de favorecer a absorção de vários nutrientes e a atividade fotossintética, melhorando a nutrição mineral das plantas.

Essa matéria você encontra na edição de outubro da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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