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Fosfitos com micronutrientes otimizam nutrição da batata

Erica Camila Zielinski

Engenheira agrônoma e analista de pesquisa

ericacamilazielinski@gmail.com

Daniela Andrade

Mestre em Agronomia e supervisora de Planejamento e Gestão Agrícola

daniela.agronomia@hotmail.com

Fotos Júlio Soczki
Fotos Júlio Soczki

A batata é uma importante fonte de alimento no mundo devido ao seu alto valor nutritivo. No Brasil é uma das olerícolas mais plantadas, sendo assim de grande importância econômica atualmente.  Entretanto, é uma das olerícolas com maior exigência nutricional e sanitária, demandando alta tecnologia de aplicação de insumos e defensivos.

Nesse sentido, nos últimos anos a aplicação de fosfito via foliar tem sido feita com maior frequência na cultura da batata, especialmente como indutor de resistência com o intuito de melhorar a sanidade e para otimização na absorção de nutrientes.

O fosfito é um produto oriundo da neutralização do ácido fosforoso por uma base. Possuem atividades complexantes e rápido deslocamento pelas membranas da planta, o que facilita a absorção de micronutrientes.

Devido a sua estrutura molecular, os fosfitos são produtos mais solúveis em água que os fosfatos, e por esse motivo apresentam rápida absorção, cerca de três a seis horas. A absorção do fosfito na planta pode ser realizada tanto pelas raízes como pelas folhas, sendo absorvido por meio da associação com fotoassimilados.

Quando absorvido pelas plantas o fosfito apresenta distribuição ascendente e descendente, sendo deslocado facilmente dentro da planta tanto via xilema como via floema.

Culturas beneficiadas

O fosfito melhora a sanidade e otimiza a absorção de nutrientes
O fosfito melhora a sanidade e otimiza a absorção de nutrientes

Em culturas perenes, como abacaxi e citros, por exemplo, o fosfito também é utilizado como fonte de fósforo para a planta. Entretanto, em culturas anuais como a batata, o fósforo presente no fosfito é um componente pouco metabolizável pela planta.

Via solo ou folha?

 

A utilização de fosfito em culturas anuais via foliar e solo auxilia na absorção e translocação de nutrientes devido ao rápido deslocamento do fosfito dentro da planta. Por isso, ele confere resistência a doenças e melhoria no desenvolvimento da planta pela ativação de mecanismos de defesa e produção de fitoalexinas, favorecendo assim a absorção de nutrientes catiônicos, tais como potássio, cálcio, magnésio, cobre, zinco, ferro e manganês.

Para o aproveitamento dessa característica a aplicação de fosfito via foliar acontece juntamente com micronutrientes, visto que esta tem uma menor interação com o solo, proporcionando menores perdas por adsorção das partículas, que ficam prontamente disponíveis para a cultura.

 

Manejo

O fosfito é indutor de resistência
O fosfito é indutor de resistência

As aplicações de micronutrientes na cultura da batata geralmente se iniciam no momento da amontoa, por volta dos 40-50 dias após o plantio, quando a planta se encontra em estádio fenológico IT, ou seja, no início da tuberização.

Durante o ciclo são realizadas, em média, três aplicações, sendo a segunda aos 55-65 dias e a terceira aos 70 -80 dias. As recomendações dos produtos são de dois a três litros por hectare, não sendo ideal a utilização em quantidades elevadas, visto que doses elevadas de fosfito associadas à temperatura elevada podem causar fitotoxidez.

Opções

Atualmente no mercado existem muitos produtos à base de fosfito que possuem em sua composição um mix de micronutrientes, tais como cálcio, boro, manganês, zinco, molibdênio, entre outros que atuam na planta auxiliando a nutrição da mesma.

Devido à exigência nutricional da cultura da batata, bem como sua susceptibilidade a doenças, o fosfito acrescido de micronutrientes pode auxiliar de forma significativa, conferindo resistência e ganhos expressivos à cultura.

Existem, no mercado, inúmeros produtos com diferentes formas de apresentação de fosfito, seja em pó ou líquido, com diferentes níveis de concentração. Uma dica seria comprar produtos com concentrações mais elevadas para baratear os custos com transporte.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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