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Fósforo: Berinjela é exigente em adubação na base

Autor

Givago Coutinho
Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba (UniCerrado)
givago_agro@hotmail.com
Créditos: Shutterstock

A berinjela (Solanum melongena L.), espécie pertencente à família Solanaceae, assim como o tomate, pimenta, pimentão, batata e jiló, fazem parte do grupo chamado hortaliças-frutos, sendo bastante cultivada.

Planta cultivada de forma anual, embora seja perene, o plantio da berinjela tem início no começo da primavera na maioria das regiões e a colheita cerca de 100 a 140 dias após a semeadura.

Com relação aos fatores edáficos, tem preferência por solos de textura média, com pH em torno de 5,5 a 6,8, embora apresente boa tolerância à acidez. Vale ressaltar que o sistema radicular da berinjela pode alcançar até mais que um metro de profundidade, contudo, a maior parte das raízes se concentra nas camadas superficiais do solo.

A berinjela é exigente em nutrição equilibrada e em fósforo (P). O mesmo é exigido em maior quantidade no plantio, quando comparado ao nitrogênio (N) e o potássio (K), por exemplo. Além disso, por se tratar de uma cultura com longo período de colheita, recomenda-se a adubação organomineral em solos de baixa fertilidade.

No Brasil predominam as classes de solo Latossolo e Argissolo, que têm como principais características a elevada profundidade, alta intemperização, acidez elevada, baixa fertilidade natural e, em determinadas situações, alta saturação por alumínio.

Assim, em solos como a maioria dos encontrados no território brasileiro (ácidos, que apresentam elevados teores de ferro e alumínio), o fósforo encontrado de forma disponível para absorção pelas raízes das plantas é fixado e torna-se indisponível para as mesmas ao formar compostos de ferro e alumínio.

Necessidades

Característica de cada região, a adubação fosfatada pode sofrer diferenças entre regiões.  A recomendação mais utilizada em Minas Gerais é a proposta por Ribeiro et al. (1999), com doses de 200, 160, 120 e 60 kg.ha-1 de P2O5 no plantio em condições de baixa, média, boa e muito boa disponibilidade de P no solo, respectivamente.

Consideram-se como argilosos aqueles com teores maiores que 35% de argila, textura média de 15 a 35% de argila, e arenosos com teores menores que 15% de argila, respectivamente.

Fonte: Ribeiro et al. (1999), adaptado de Reis et al., (2020).

Já segundo Filgueira (2013), em áreas de média a baixa fertilidade, sugerem-se as doses de 30-40, 200-400 e 60-80 de N, P2O5 e K2O em kg.ha-1, respectivamente, no sulco de plantio, na ausência de dados próprios da região.

Benefícios

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