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Genética a favor do cedro australiano

Ananda Virginia de Aguiar

Antonio Nascim Kalil Filho

Valderês Aparecida de Sousa

Pesquisadores da Embrapa Florestas

Jarbas Y. Shimizu

Engenheiro florestal autônomo

Crédito Bela Vista Florestal
Crédito Bela Vista Florestal

O cedro australiano (Toonaciliata M. Roem.), conforme o nome indica, é uma espécie florestal originária da Austrália, da mesma família do cedro e do mogno brasileiros, que tem mostrado potencial para produção de madeira em plantios comerciais no Brasil.

Trata-se de espécie de rápido crescimento, moderadamente tolerante à seca e produtora de madeira de alto valor. As características marcantes dessa espécie são a alta variabilidade na produtividade e na qualidade do tronco, que podem dificultar a sua inclusão imediata em um sistema produtivo rentável.

Uma forma de viabilizar o seu uso em florestas plantadas, no Brasil, tem sido a exploração da variabilidade genética inerente à espécie. Cultivares (clones) criteriosamente selecionadas proporcionam grande capacidade de adaptação a diferentes regiões bioclimáticas e perspectivas de alto rendimento em regime de silvicultura intensiva (rápido incremento volumétrico, boa forma do tronco e resistência a pragas).

Somente por esse processo, associado à aplicação de técnicas silviculturais apropriadas, pode-se assegurar a disponibilidade do que há de melhor em termos de material genético e tecnologia de cultivo desse valioso componente para a silvicultura brasileira.

Melhoramento genético

No melhoramento genético buscam-se indivíduos com alto incremento volumétrico de madeira e com fuste (tronco) com poucos galhos, retilíneo e boa qualidade de madeira. Esta última característica pode ser representada pelo módulo de elasticidade e densidade básica, nos padrões requeridos pela indústria madeireira.

A empresa Bela Vista Florestal, localizada em Minas Gerais, já identificou alguns clones de alto incremento volumétrico de madeira. Essa empresa dispõe de um programa de melhoramento genético em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Reflexos diretos

O resultado mais impactante tem sido o aumento na produtividade de madeira. O incremento volumétrico médio no povoamento, sem melhoramento genético, é da ordem de 12 m3/ha.ano, enquanto que o dos clones selecionados no programa de melhoramento genético chega a 30 m3/ha.ano.

Se compararmos com a média nacional, o ganho obtido em incremento volumétrico de madeira é alto, acima de 15 m3/ha.ano. Porém, deve-se salientar que existem outras características importantes para o setor madeireiro, como a forma do fuste (tora). Essa característica afeta diretamente o rendimento final na conversão de tora para madeira serrada.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro /outubro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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