O greening está presente em 19,02% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, o que corresponde a aproximadamente 37,1 milhões de árvores com sintomas da doença, segundo levantamento divulgado pelo Fundecitrus do dia 31 de julho. É o segundo ano consecutivo de crescimento: o índice é 4,8% maior do que o de 2018, estimado em 18,15%; em 2017 a incidência era de 16,73%.
Considerada a pior doença da citricultura na atualidade, o greening não tem cura e causa a diminuição dos frutos, que ficam amargos e caem precocemente, levando à significativa queda na produção.
De acordo com o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, o número indica tendência de crescimento. “O greening foi identificado pela primeira vez no Brasil, no interior de São Paulo, há 15 anos. Com o passar do tempo, a compreensão da doença por meio da pesquisa levou a medidas de controle efetivas que foram sendo incorporadas pelos citricultores. Isso tem permitido a manutenção da competitividade da citricultura brasileira, que é a maior produtora de laranja do mundo para suco”, comenta.
Para Ayres, o controle rígido deve continuar, dentro e fora das fazendas, para que o índice diminua nos próximos anos. “É importante frisar que atingimos um patamar alto e que precisamos, de fato, impedir essa tendência de crescimento da doença”, afirma. “Não estamos em uma situação confortável, por isso o Fundecitrus tem investido no suporte aos citricultores para a criação de convênios para realização conjunta do controle externo e para a adoção das novas tecnologias e das técnicas de manejo interno”, completa.
Incidência
As regiões com maiores incidências de greening são Brotas (55,10%), Limeira (48,30%), Duartina (32,43%), Porto Ferreira (26,67%) e Matão (17,29%). O maior aumento da doença ocorreu em Limeira e foi de 42% (de 34,01% em 2018 para 48,30% em 2019).
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