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sábado, novembro 23, 2024
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Híbridos triplos: Antracnose do sorgo sob controle

Autores

Pedro César de Oliveira Ribeiro
pedroc.ribeiro14@gmail.com
Ronaldo Machado Junior
ronaldo.juniior@ufv.br
Engenheiros agrônomos e doutorandos em Genética e Melhoramento – Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Ruane Alice da Silva
Engenheira agrônoma e mestra em Genética e Melhoramento – UFV
ruane.alice29@gmail.com
Crislene Vieira dos Santos
Engenheira agrônoma e mestranda em Genética e Melhoramento de Plantas – UFV
crislene.vsantos@gmail.com
Crédito: Claudinei Kappes

O cultivo do sorgo granífero é uma excelente opção quanto à produção de grãos, por apresentar ampla adaptação às regiões e estações, além de tolerância à seca e resistência à algumas doenças.

No entanto, um desafio encontrado pelos produtores é o manejo da antracnose, principal doença da cultura, causada pelo fungo Colletotrichum sublineolum, que pode reduzir a produção de grãos e forragem em mais de 50%, em cultivares suscetíveis, durante severas epidemias.

Além disso, pode afetar a qualidade das sementes produzidas, pois as infecções foliares, durante a fase de formação de grãos e infecção nas flores, reduzem a produtividade e o peso de grãos. A estratégia mais eficiente é a utilização da resistência genética, porém, o fungo C. sublineolum apresenta alta variabilidade patogênica, fazendo com que a resistência seja quebrada em um curto período.

A alternativa encontrada pelos programas de melhoramento é a piramidação de alelos de resistência às diferentes raças deste patógeno, por meio de híbridos triplos.

A doença

A antracnose pode ocorrer em qualquer estádio de desenvolvimento das plantas, causando queima foliar, podridão do colmo e queima da panícula e de grãos. No entanto, sua forma mais comum e severa ocorre nas folhas, na fase reprodutiva do sorgo, quando inicia o florescimento.

Primeiramente, é muito importante que a doença seja reconhecida de forma correta, sendo os sintomas iniciais caracterizados por pequenas lesões elípticas a circulares, com diâmetro em torno de cinco milímetros.

De acordo com o desenvolvimento das lesões, elas passam a apresentar centros necróticos de coloração palha, com margens avermelhadas, alaranjadas ou castanhas, variando de acordo com a pigmentação do cultivar. No centro das lesões ocorre a formação de acérvulos e conídios, frutificação típica do patógeno. Essa é a principal forma de identificação da doença em condições de campo.

Quando em condições de alta umidade, geralmente ocorre a junção das lesões, que cobrem grande parte da área foliar. Para cultivares muito suscetíveis, pode ocorrer ainda a seca precoce das plantas.

A nervura central das folhas é infectada de forma independente da foliar. Os sintomas nesta região são caracterizados por lesões elípticas a alongadas, de coloração avermelhada, púrpura ou escura, nas quais podem ser observados os acérvulos do patógeno. A doença ocorre de forma contínua, assim, os conídios presentes da antracnose foliar infectam o colmo e ocasionam a podridão do colmo.

O colmo da planta geralmente é infectado no estádio de maturação, quando a planta está apta para reproduzir. As lesões ocorrem nos entrenós, o que dificulta a translocação de água e fotoassimilados, prejudicando de forma direta a produção de grãos. Os conídios da antracnose do colmo podem penetrar o pedúnculo floral e infectar as flores, que posteriormente irão formar os grãos.

Como consequência, as panículas podem apodrecer, resultando na antracnose da panícula, e afetando assim a qualidade dos grãos.

Regiões atacadas

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