Lideranças do RS e pesquisadores brasileiros discutem avanços no setor, que ganha expansão através do zoneamento agroclimático elaborado pela Embrapa.
  A olivicultura está em alta. Após, a oficialização do zoneamento climático para o plantio das oliveiras no Estado do Rio Grande do Sul. A cultura ganha maior força no sul do país, região considerada com grande potencial de produção dos frutos e de processamento do azeite. Como forma de conhecer melhor o seu manejo vai acontecer entre os dias 29 e 30 de novembro, o II Encontro Estadual e 2ª Reunião Técnica Nacional da Olivicultura. O evento vai contar com painéis temáticos para intercâmbio e discussão de conhecimentos e também de uma visita técnica. O evento acontece na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas,RS.
           O II Encontro Estadual e 2ª Reunião Técnica Nacional da Olivicultura  vai discutir a situação da olivicultura no país, centrando-se no manejo, nas condições de produção assim como nos incentivos de polÃticas públicas elaboradas para alavancar o setor, as possibilidades de produção de azeite de qualidade e como é possível desenvolver uma Produção Integrada.
Segundo a Comissão organizadora, a olivicultura, nos últimos anos tem demonstrado grande viabilidade econômica em diversas propriedades rurais da região sul e sudeste do Brasil, tornando-se uma realidade na diversificação da matriz produtiva agrícola destas regiões. No entanto, existem questões técnico-científicas que necessitam serem amplamente discutidas, tais com questões mercadológicas, manejo fitotécnico e fitossanitário, colheita e avaliação quÃmica, física e sensorial de azeites, produção integrada de oliveiras.
“Vamos apresentar e discutir, de forma inter e multidisciplinar, os principais resultados de pesquisas testadas e validadas (produtos, processos e serviços) para o setor olivÃcola nacional”, comentou o chefe da área de Transferência de Tecnologias, João Carlos Costa Gomes.
           O Encontro programou uma visita técnica ao olival e indústria do Azeite Batalha, na Fazenda Guarda Velha, em Pinheiro Machado,RS e instituiu uma homenagem de “Contribuição à olivicultura gaúcha, concedida a Edy de Araújo Fernandes (in memorian). A programação pode ser acessada em https://www.embrapa.br/documents/1354346/16930691/II+Oliveiras+-+EVENTO+PELOTAS.pdf/4a0f27ae-6de8-462c-8f28-2339ab959453
           O evento está voltado a participação de estudantes de área correlata à atuação da Embrapa, agentes de Transferência de Tecnologia (TT-ATER), comunidade científica e acadêmica, iIndústria de alimentos. Há possibilidade de se inscrever ainda no dia do evento, que abre na terça-feira(29/11), as 8h.  Até o momento, segundo a Comissão organizadora, há 240 inscritos no Encontro. As inscrições tem um investimento de 100 reais. Informações podem ser obtidas em pro-oliva@agricultura.rs.gov.br/cpact.chgeral@embrapa.br
Zoneamento agroclimático
           Através da liberação oficial do zoneamento agroclimático pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o trabalho de pesquisa da Embrapa Clima Temperado é reconhecido. A unidade de pesquisas fez fez um zoneamento agroclimático que identificou as regiões mais propÃcias para a produção das oliveiras em solo gaúcho. “Identificamos a região da Campanha do Rio Grande do Sul, próxima ao Uruguai. Mas há várias regiões, microclimas, propÃcios. A tendência maior, no entanto, é que a produção se desenvolva na região de Bagé, Dom Pedrito, Uruguaiana”, conta o pesquisador Rogério Oliveira Jorge.
           De acordo com Jorge, a produtividade conseguida em solo gaúcho é similar a dos países da Europa, cerca de dez toneladas de azeitonas por hectare, que geram ao redor de 1,5 mil litros ou quilos de azeite. Ele lembra, no entanto, que a produção de azeitonas pela oliveira começa lá pelo terceiro ou quarto ano de vida e vai até os 70 a 80 anos. Entre o oitavo e décimo ano, no entanto, a produção chega ao seu pico e se estabiliza. A produção é considerada recente no País.
           Atualmente os estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo alcançam 1.200 hectares implantados com a cultura, do mesmo modo que há diversos projetos de plantio de oliveiras de investidores privados nacionais e estrangeiros no estado gaúcho, com áreas que chegam a atingir mais de 1 mil hectares.
Cristiane Betemps – MTb 7418/RS
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