Presença de Helicoverpa armigera e Spodopteras em regiões de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Piauà impõe cuidados extras no manejo de lavourasÂ
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O registro dos primeiros focos de lagartas da soja na safra 2016-17 mobiliza produtores e consultores, em diferentes áreas da fronteira agrícola da oleaginosa. Embora tenham sido verificados somente ataques isolados dessas pragas, a experiência de safras anteriores mostra que o produtor deve buscar orientação e acompanhar sua lavoura, para impedir ataques mais agressivos. É o que recomenda o entomologista e pesquisador Fabio M. Andrade Silva, da equipe técnica da DuPont Proteção de Cultivos.
O especialista ressalta que nos últimos dias foi detectada a ação de Helicoverpa armigera, e também de diferentes espécies de Spodoptera, em regiões de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e do PiauÃ.
“Foram identificadas pelo menos quatro espécies, inclusive as do gênero Spodoptera, que causaram danos a variedades com a tecnologia “˜Intacta’“, afirma Fabio M. Andrade Silva. “Enxergamos nesse cenário uma tendência de aumento, pois há propriedades em Mato Grosso que já têm alta incidência de lagartas logo após o plantio“, relata o entomologista.
Ainda no Centro-Oeste, uma pesquisa divulgada recentemente pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Agrodefesa e pelo Laboratório Nacional Agropecuário, com apoio da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), constatou a presença da Helicoverpa armigera na sojicultura do Estado de Goiás durante o ano inteiro, em todas as regiões produtoras.
Entre as práticas recomendadas ao produtor para o controle de lagartas da soja, Fabio M. Andrade Silva destaca a importância do monitoramento de lavouras, para correta identificação das espécies, e do uso de inseticidas em rotação ao longo da safra, ou seja, o chamado Manejo Integrado de Pragas (MIP). Esta prática, explica ele, se vale da combinação entre o controle cultural, o químico e o biológico, sendo este último pela ação de inimigos naturais de lagartas.
“O produtor que tratou suas sementes adequadamente na safra 2016-17, até este momento tem menos razões para se preocupar, mas deve observar atentamente à lavoura na fase inicial da soja“, observa Fabio M. Andrade Silva.
A prática do manejo de resistência a inseticidas, nas áreas atingidas por lagartas, é outra orientação relevante ao sojicultor. “Ele jamais deve usar, durante toda a safra, produtos inseticidas com o mesmo ingrediente ativo ou um mesmo modo de ação, sob o risco de as lagartas tornarem-se resistentes aos compostos“, reforça Fabio M. Andrade Silva.
Ciência para a soja ““ A DuPont Proteção de Cultivos informa que distribui no Brasil uma linha de inseticidas de última geração para controle de lagartas da soja, como os produtos Premio®, Avatar® e Lannate®.
A companhia ressalta que Premio® é pertencente à revolucionária classe quÃmica das Diamidas AntranÃlicas. O produto, assinala a DuPont, apresenta alta potência inseticida e amplo espectro de controle, com residual prolongado. Seletivo aos principais inimigos naturais de lagartas, o inseticida, segundo a companhia, é um excelente aliado do Manejo Integrado de Pragas (MIP).
O inseticida Avatar®, de acordo com a DuPont, é também usado com sucesso na prática do MIP e pertence à classe quÃmica das Oxadiazinas. O produto, diz a empresa, vem demonstrando excelente ação de controle sobre diferentes estágios das lagartas falsa-medideira, Spodoptera frugiperda, Helicoverpa e lagarta-das-maçãs, entre outras.
Já o inseticida Lannate®, complementa a DuPont, impede a presença de lagartas como Spodoptera frugiperda, falsa medideira e “˜rosca’, sendo igualmente ideal na prática do MIP. O produto também tem sido empregado na dessecação (pré-plantio) da soja.