Com a irrigação é possível disponibilizar água na quantidade e no momento certo; proporciona fazer até três safras em uma mesma área e uma melhor utilização da estrutura da propriedade e, por fim, o aumento da renda por unidade de área.
Dizem que quando a lavoura vai bem, o sono do produtor é outro. Mas, quando vai mal, a tranquilidade não é a mesma. A ausência de chuvas e os veranicos estão entre os fatores que mais prejudicam os cultivos, pois comprometem os resultados de produtividade em todas as regiões produtoras do Brasil.
Para não ficar à mercê de condições climáticas desfavoráveis, o produtor pode optar pela irrigação da lavoura, sistema em fase inicial e de expansão no Estado de Mato Grosso, onde ocupa mais de 240 mil hectares em culturas como soja, milho, feijão e algodão.
Tecnologia
Existe mais de um tipo de irrigação e, no Mato Grosso, a mais presente é a irrigação por pivô central. O objetivo do sistema é suprir a necessidade hídrica das plantas em regime parcial ou total, de acordo com a regularidade das chuvas. Independente da cultura e do tamanho da área, a agricultura precisa de água para produzir e a irrigação é a única técnica capaz de permitir o aumento da produção, sem, necessariamente, o aumento da área cultivada.
De acordo com o especialista em sistemas agrícolas irrigados e consultor agrícola, Daniel da Cunha, a situação ideal para se utilizar a irrigação por pivô central é justamente em regiões que sofrem mais com períodos secos ou com a ocorrência de veranicos.
Entre as vantagens, segundo ele, está a possibilidade de calendarização dos cultivos, a adição de água na quantidade e no momento certos, a possibilidade de fazer até três safras em uma mesma área, a melhor utilização da estrutura da propriedade e, por fim, o aumento da renda por unidade de área.
“Mato Grosso tem potencial para irrigar mais de 10 milhões de hectares, no entanto, como tem um regime de chuvas mais regular e mais bem distribuído em comparação com outros Estados, a irrigação tem um caráter predominantemente complementar para as principais culturas produzidas nessa região, que é a soja, milho e o algodão”, destaca o especialista.
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