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Manejo da pinta preta do tomate

Giovani de Oliveira Arieira

Professor de Fitopatoligia –  Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

giovaniarieira@yahoo.com.br

Elisamara Caldeira do Nascimento

Talita de Santana Matos

Doutoras em Agronomia ““ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Glaucio da Cruz Genuncio

Professor de Fruticultura ““ UFMT

Rafael Campagnol

Professor de Olericultura ““ UFMT

Crédito Ricardo Borges Pereira
Crédito Ricardo Borges Pereira

Três espécies do fungo Alternaria sp. são responsáveis por causar uma das principais doenças que limitam a produção do tomateiro no Brasil: a pinta preta. Tal moléstia pode levar a grandes prejuízos quando o ambiente é favorável ao seu desenvolvimento, afetando principalmente frutos e folhas e levando à redução do vigor das plantas, além de danos indiretos decorrentes da desfolha.

Danos

 Sintomas de fundo preto no tomateiro - Crédito Ricardo Borges Pereira
Sintomas de fundo preto no tomateiro – Crédito Ricardo Borges Pereira

Como dano primário, por ser uma doença que afeta a parte aérea da planta, principalmente as folhas, ocorre uma diminuição da área fotossintética ativa, o que resulta em redução da produção e do desenvolvimento da cultura. Assim, as manchas foliares levam à redução da produtividade, diminuição do número e do tamanho dos frutos.

As manchas que ocorrem nos frutos levam a uma diminuição da qualidade do produto com perdas durante a comercialização, além de acelerar a degradação dos tecidos afetados, principalmente porque as lesões são porta de entrada para outros patógenos.

Existem, ainda, prejuízos indiretos do ataque deste fungo. Vale ressaltar que as lesões nas folhas e outros órgãos aéreos aumentam de tamanho, ocupando uma área cada vez maior do tecido vegetal.

Além disso, a pinta é uma doença policíclica, ou seja, existem vários ciclos do fungo durante um único ciclo do tomateiro, o que leva à ocorrência de novas infecções e ao surgimento de novas lesões no tecido sadio.

Dessa interação entre novas infecções e aumento do tamanho das lesões antigas pode ocorrer uma drástica desfolha, a qual resulta em uma série de problemas decorrentes da exposição direta dos frutos aos raios solares

Condições para a doença

 O monitoramento é fundamental para prevenir prejuízos - Crédito Ricardo Borges Pereira
O monitoramento é fundamental para prevenir prejuízos – Crédito Ricardo Borges Pereira

Primeiramente, considerando que os conídios do fungo são disseminados principalmente via aérea, o vento se torna um dos principais agentes responsáveis pela ocorrência de epidemias dessa doença. Além disso, outros agentes importantes são os respingos de água (tanto da chuva quanto da aspersão), insetos, sementes e o homem.

Ao entrar em contato com o tecido da planta, os conídios conseguem germinar para infectar o tomateiro em uma ampla faixa de temperatura (de 6,0 a 34ºC), porém, as maiores taxas de infecção ocorrem entre 25 e 30ºC.

O desenvolvimento da doença é mais evidente em condições de alta umidade (acima de 90%) e presença de água livre nas folhas, porém, pode ocorrer até mesmo em regiões mais áridas.

Sintomas

Sintomas da doença na folha do tomate - Crédito Carlos Alberto Lopes
Sintomas da doença na folha do tomate – Crédito Carlos Alberto Lopes

O sintoma mais característico da pinta preta são as lesões necróticas pardo-escuras isoladas ou em grupos, que têm as bordas bem definidas e onde se observa facilmente a formação de anéis concêntricos no interior.

Tais lesões inicialmente são circulares ou levemente elípticas e, de acordo com a evolução da enfermidade e aumento do tamanho, se tornam irregulares, com um diâmetro de até cerca de 20 mm.

Com o avançar da doença ocorre destruição da nervura da folha, o que impede a translocação de seiva e, consequentemente, a folha se torna amarela e morre, com posterior desfolha.

Em outros tecidos os sintomas são parecidos, com pequenas particularidades. Nos pecíolos e caules as lesões são mais alongadas e com o centro deprimido, podendo circundar o órgão. Nos frutos as manchas são mais localizadas na região próxima ao pedúnculo, escuras e deprimidas e observa-se facilmente os anéis concêntricos.

Essa matéria completa você encontra na edição de agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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