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Manejo das bacterioses no tomateiro

 

Nathalia Campos Vilela Resende

Graduanda em Agronomia ““ Universidade Federal de Lavras (UFLA), membro do Núcleo de Estudos em Genética e Melhoramento de Plantas (GEN) e do grupo PET ““ Agronomia

nathaliacvr@yahoo.com.br

Marco Aurélio Carrijo dos Reis

Graduando em Agronomia (UFLA), membro do Núcleo de Estudos em Sistemas de Plantio Direto (NESPD), trainee do Grupo de Estudos em Herbicidas, Plantas Daninhas e Alelopatia (GHPD) e da empresa Terra Jr Consultoria Agropecuária

mreis@agronomia.ufla.br

Maria Beatriz Pereira da Silva

Graduanda em Agronomia (UFLA), membro do GEN e trainee da empresa Terra Jr Consultoria Agropecuária

mariabeatriz@terrajr.com

 

Crédito Luiz Henrique Bambini
Crédito Luiz Henrique Bambini

As bacterioses são doenças de ocorrência muito frequente e destrutiva em áreas nas quais se tem elevada umidade e precipitação associada a temperaturas entre 20 e 30°C. Esses fatores favorecem a multiplicação, disseminação, penetração e colonização dos tecidos hospedeiros.

Dentre as maiores regiões produtoras de tomate no Brasil, as que são mais propensas à ocorrência de bacterioses são Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste.

 

Prejuízos

As bacterioses, em geral, afetam de forma drástica a planta do tomateiro, podendo levar, em casos mais severos, à perda total da lavoura. Os problemas com bactérias normalmente ocorrem nas lavouras em épocas chuvosas, sujeitas a chuvas de granizo, ventos e irrigação por aspersão.

A redução direta na produção ocorre devido à diminuição da área foliar fotossintetizante e à queda prematura de flores e frutos. A perda de forma indireta se dá pelo fato de que após a queda das folhas os frutos ficam expostos à insolação, o que diminui a qualidade destes.

Alguns outros prejuízos estão relacionados ao custo de produção, que aumenta no caso dos defensivos, e sua aplicação visando prevenir e/ou controlar a doença, a escolha de cultivares mais resistentes e o plantio de espécies menos lucrativas comercialmente em rotação com o tomateiro, visando à redução da bactéria presente nos restos culturais.

Controle

Os prejuízos causados pelas bacterioses podem ser evitados a partir de práticas de manejo preventivo ou aplicação de defensivos. Sabe-se que o controle das bacterioses, quando já estão disseminadas, é altamente dificultado, fazendo com que seja cada vez mais necessário um manejo preventivo mais efetivo.

Para isso, é necessário que os restos culturais após a colheita sejam eliminados pela incorporação ao solo ou queima dos mesmos. Além disso, se faz necessário a rotação de culturas com espécies não hospedeiras das bacterioses.Além disso, a irrigação deve ser feita em sulcos ou por gotejamento para que não se tenha o molhamento das folhas.

A bacteriose provoca queda prematura de flores e frutos - Crédito Ana Maria Diniz
A bacteriose provoca queda prematura de flores e frutos – Crédito Ana Maria Diniz

Prevenção

Para conter a transmissão do patógeno é preciso que os tratos culturais sejam realizados quando as folhas estiverem totalmente secas. Caso esses tratos culturais causem ferimentos na planta, é necessário que sejam realizadas pulverizações de produtos à base de cobre, como a calda bordalesa ou a calda viçosa.

Xanthomonas

No caso da Xanthomonas, essa doença tem sua condição favorecida em regiões de alta umidade relativa, presença de orvalho e temperaturas elevadas. Sendo assim, um aspecto importante é evitar ferimentos na cultura, como já citado. Além disso, aconselha-se observar, na área de produção, o balanço nutricional da planta, já que o excesso de nitrogênio favorece o aparecimento da doença.

Para evitar a doença é importante adquirir mudas e sementes sadias, livres do patógeno, realizar o plantio com cultivar resistente, evitar regiões favoráveis à formação de orvalho, dar preferência à irrigação por gotejamento para evitar a presença de água nas folhas de tomate, realizar a nutrição balanceada, sem excesso de nitrogênio, escolher áreas que nos últimos anos não foram cultivadas com solanáceas, evitar plantios adensados, para ter passagem de ar, e realizar a rotação de culturas.

 

Alerta geral

Inicialmente, a Xanthomonas traz pequenas manchas encharcadas que passam à necrose em maior concentração nos bordos das folhas mais velhas. Em condição ideal para o aparecimento da doença pode haver perda total das folhas por necrose, o que afeta a qualidade do fruto do tomate por excesso de radiação solar, assim como a queda dos frutos e flores.

No fruto as lesões surgem pequenas e brancas, e posteriormente se tornam marrom acinzentadas, de textura áspera. Por essa razão, a produção de tomate de mesa pode ser inviabilizada, já que a qualidade dos tomates será reduzida e estes serão recusados pelos consumidores.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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