A matocompetição é um dos fatores limitantes ao estabelecimento de florestas no Brasil, afetando o desenvolvimento das culturas florestais por meio da competição por água, luz e nutrientes
Muito já se falou sobre a interferência das plantas invasoras nos plantios comerciais de pinus e eucalipto, ocasionando perdas de produtividade e aumento de custos de operações florestais, o que impacta diretamente na lucratividade das florestas. Falando em competitividade do setor, o Brasil era lÃder mundial no início da década e, hoje, ocupa o 4º lugar.
As daninhas
Considerando que o controle de plantas daninhas na cultura do eucalipto consome cerca de 25% dos custos de implantação, Rudolf Woch, diretor técnico da Apoiotec, alerta para a importância de um olhar atento para essa área, que muitas vezes é negligenciada diante das várias atribuições operacionais.
“Desde o início do uso de herbicidas em áreas florestais, na década de 1980, que era feito exclusivamente com glifosato, em pós-emergência, até os nossos dias, novas moléculas surgiram para tornar o controle versátil. Devemos mencionar também as inovações tecnológicas em máquinas, equipamentos, comandos, controladores, pontas de pulverização e sistemas de gestão“, aponta.
Segundo ele, as operações de controle usuais contemplam, nesta ordem, dessecação com glifosato, preparo de solo, plantio, aplicação de pré-emergente em faixa na linha plantio, outra aplicação de pré em combinação com lâmina e até três aplicações de glifosato nas entrelinhas. Em caso de deficiências de controle, podem acontecer operações manuais.
Gestão
É sabido que já apareceram espécies invasoras resistentes ao glifosato em áreas florestais, como aconteceu anteriormente em áreas agrícolas. A falta de mão de obra no campo também é um problema sério nas empresas florestais.
Assim, a gestão ideal das invasoras deve prever um sistema integrado de controle, ou seja, controle cultural com cobertura viva, cobertura morta, controle mecânico, onde seja necessário, e controle químico, com o menor número de operações possÃveis.
No controle químico, Rudolf Woch diz que é preciso considerar fatores como longevidade e seletividade dos tratamentos e custos envolvidos, levando em conta as características da área, as condições climáticas da época de aplicação e se o herbicida deve ser utilizado em pós ou pré-emergências das ervas.
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