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Manejo integrado de pragas em tomateiros

Renan Venancio da Silva

Consultor Técnico de Desenvolvimento Agronômico da Koppert do Brasil

 

Fotos RijkZwaan
Fotos Rijk Zwaan

O tomateiro é uma das hortaliças mais atacadas por pragas, como ácaros, insetos vetores de viroses, lagartas e larvas minadoras. Durante anos o controle destes organismos foi feito apenas com uso de produtos químicos. A antiga ideia de controle de pragas baseada apenas no poder residual dos químicos, sem a preocupação de saber se realmente havia organismos indesejáveis no campo, já não é mais aceita há anos.

Os problemas de resistência de pragas a diversas moléculas químicas, surtos de pragas secundárias e efeitos tóxicos ao homem, decorrentes do mau uso das tecnologias de controle químico, forçou a comunidade científica e empresas do ramo de defensivos a repensar as estratégias de controle, abrindo espaço para novos conceitos que visam a minimização destes problemas.

 

O MIP

Desde a década de 1980 o Manejo Integrado de Pragas (MIP) vem sendo estudado pela comunidade científica brasileira, mas apenas após 30 anos é que o sistema agrícola de produção está buscando sua aplicação prática.

Muitos passos importantes já foram dados na construção e implementação do MIP no cultivo do tomateiro. Atualmente, produtores, técnicos e consultores já se preocupam com a correta identificação dos organismos que ocorrem na lavoura. Esta identificação é a base do MIP. Os gargalos começam quando se coloca em discussão as tomadas de decisão com base naquilo que foi identificado na lavoura.

Já é sabido que tomar decisões de forma reativa não é o melhor caminho. Em outras palavras, esperar que as pragas se estabeleçam na lavoura para começar a tomar decisões é a pior forma de agir. O ideal, principalmente quanto se utilizam agentes biológicos de controle, é agir pró-ativamente. Isto significa utilizar as informações do monitoramento para as tomadas de decisão.

Neste cenário, a Koppert do Brasil vem desenvolvendo um Sistema para Manejo Integrado de Pragas em tomateiros. Neste foi colocada toda a experiência da empresa vinda dos diversos países em que atua para que o produtor possa ter em mãos um prático caderno de campo com: um sistema de monitoramento, um sistema de tomada de decisão e diferentes opções para cada situação que possa ocorrer na lavoura, com foco na utilização de agentes biológicos de controle.

O MIP monitora as pragas e proporciona uso racional de defensivos - Fotos Rijk Zwaan
O MIP monitora as pragas e proporciona uso racional de defensivos – Fotos Rijk Zwaan

Vantagens

O principal benefício do Sistema Integrado Koppert é o uso racional de produtos químicos, sendo que em alguns casos é possível reduzir a zero o número de aplicações destes produtos. Um exemplo de sucesso é o trabalho que foi desenvolvido junto ao grupo holandês RijkZwaan, em Holambra (SP).

Nos cultivos de tomate e pepino, o Sistema Integrado Koppert mostrou que o monitoramento de pragas com uso de feromônios, armadilhas adesivas e inspeção de plantas, associado à utilização de agentes biológicos de controle, pode proporcionar um ciclo de cultivo completo, sem uso de químicos.

No Sistema Koppert fica claro que cada agente biológico de controle tem uma parcela de contribuição na redução das pragas, e que seu uso em conjunto com outras táticas (como armadilhas adesivas, feromônios e produtos químicos, quando necessário) traz os resultados de controle desejados pelo produtor, melhorando a qualidade dos produtos (redução de resíduos) e a qualidade de vida do agricultor.

O MIP monitora as pragas e proporciona uso racional de defensivos - Fotos Rijk Zwaan
O MIP monitora as pragas e proporciona uso racional de defensivos – Fotos Rijk Zwaan

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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