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Modernas máquinas otimizam a secagem do café

Crédito Origem do Brasil
Crédito Origem do Brasil

A secagem mais eficiente é a realizada por secadores, que independem de condições climáticas. Uma inovação na área de secagem é a máquina Centriflux que leva esse café diretamente para os secadores

A secagem, principalmente para a cafeicultura empresarial, é o ponto-chave que determina a qualidade da produção, seja positiva ou negativamente. Segundo Flávio Borém, professor titular da Universidade Federal de Lavras (UFLA), negativamente quando a secagem é lenta, com chuva, em más condições e umidade excessiva, além de colheita excessiva com estrutura de beneficiamento precária.“O mau dimensionamento de infraestrutura resulta em cafés com qualidade muito baixae, com defeitos, mofos, por terem sido secados em más condições“, explica.

Por outro lado, ele diz que quando a secagem é bem feita, em condições adequadas, com bom dimensionamento, boa técnica de manejo de café no terreiro e nos secadores, tem-se a potencialização da qualidade dele.

A secagem mais eficienteé a realizada por secadores, que independem de condições climáticas. Entretanto, o mais usado ainda é a secagem em terreiro, ao sol.

A secagem é o ponto-chave que determina a qualidade da produção - Crédito Origem do Brasil
A secagem é o ponto-chave que determina a qualidade da produção – Crédito Origem do Brasil

Modernização

A Centriflux é uma máquina centrífuga para enxugar todos os tipos de cafés eque vem para contribuir para a cafeicultura. “Ela atende um grande volume de café e a abertura no terreiro. Como uma segunda proposta ela vem para levar esse café diretamente para os secadores, uma vez que ela remove o excesso de água proveniente da via úmida, possibilitando que o café fique menos tempo secando no terreiro, ou pode ir direto para o secador, sem encharcá-lo“, explica Flávio Borém, acrescentando que a Centriflux fica entre a via úmida e o sistema de secagem do café.

Diego Egídio Ribeiro, doutorando na UFLA, e o graduando em Agronomia, Carlos Henrique Cardeal Guiraldeli, acompanharam o trabalho realizado com a máquina Centriflux, nesta universidade.“Realizamos na faculdade um trabalho, chamado Pós-café, com essa máquina para sanar dúvidas de produtores e até mesmo do fabricante sobre a eficiência na remoção de água eos possíveis riscos de danos mecânicos causados aos grãos pela velocidade giratória da máquina.A eficiência da remoção da água foi clara e não deixou dúvida para o fabricante ou para os produtores usuários“, confirmam.

Foram testados todos os níveis de rotação da máquina, com avaliações em laboratório visando verificar combinações entre rotação, curva de aceleração e a formação de danos mecânicos das sementes.

“Percebemos que, independente da rotação, da aceleração ou da combinação entre elas, não houve diferenças estatísticas significativas nos grãos que avaliamos.Observamos que a curva de danos só teve diferença a partir de um determinado momento.Fizemos o trabalho de contestação com todos os equipamentos que o café passa sem a centrífuga, e depois colocamos na centrífuga. Não verificamos acréscimos de danos mecânicos pela máquina denominada Centriflux“, afirmam.

Em geral, nesta operação existe o dano imediato e o dano latente. Os primeiros são as rupturas e quebras, enquanto os danos latentes são observados após meses de armazenamento.Com o experimento, portanto, a máquina Centriflux se consagrou viável para o produtor de café.

“Quero ressaltar aos produtores de café que eles tenham a mente aberta para os novos produtos e tecnologias voltados para a cafeicultura.É fundamental adicionar cada vez mais novas tecnologias à cafeicultura e a toda a cadeia produtiva.A pós-colheita, por exemplo, é a área de maior carência tecnológica“, destaca o professor Flávio Borém.

Para ele, as tecnologias que vierem para auxiliar o produtor a produzir um café com qualidade mais estável serão bem-vindas. E os produtores precisam estar com a mente aberta para assimilar essas novas tecnologias.

 

Juliana TytkoArmelin, da Fazenda Terra Alta, como marido, Paulo Siqueira, e o gerente, Carlinhos - Crédito Arquivo pessoal
Juliana TytkoArmelin, da Fazenda Terra Alta, como marido, Paulo Siqueira, e o gerente, Carlinhos – Crédito Arquivo pessoal

Produtores confirmam resultado

César Henrique Salgado Magriotis é produtor de café na Fazenda Vitória, no município de Perdizes (MG). Ele é cliente da Origem do Brasil desde 2013, e atualmente possui seis máquinas Centriflux, sendo três em uma fazenda e mais três em outra.

César conta que observou, em primeiro lugar, a característica mecânica da máquina, que possui uma construção robusta, trabalha bem, não dá problema, com uma eficiência muito grande na movimentação do café e na retirada de água com o processo de centrifugação, o que é uma vantagem enorme, porque o grão não chega a molhar quando sai do lavador.

“Ele é colocado na Centriflux imediatamente após o lavador e antes que o fruto seco do café tenha a condição de absorver a água do lavador, o café já sofre o processo de centrifugação e sai praticamente enxuto. Isso é uma vantagem enorme, pois ganho tempo na secagem, ganho qualidade e reduzo riscos de fermentação“, elogia o produtor.

César recomenda a máquina pela importância no processo de preparo do café, considerando que hoje o mercado quer qualidade, e a máquina é muito robusta. “Com a Centriflux o manejo na fazenda continuou o mesmo, o que ganhei foi tempo, porque o café saia do lavador um pouco molhado, e com a centrífuga imediatamente após o lavador de café, o grão não tem tempo de molhar – já sai enxuto, de modo que, se necessário, pode até ser levado para o secador em um dia chuvoso, por exemplo“, pontua.

A Centriflux foi colocada em linha com as demais máquinas, sem necessidade de mudança no sistema para a sua inserção. “Não é uma máquina barata, mas tem muita tecnologia e há ganho no processo. O investimento compensa!“, garante.

César diz que se o produtor tiver um lavador de café, já é interessante investir numa máquina Centriflux, independente da área que ele produz. “Eu uso a Centriflux tanto no café cereja descascado quanto no café boia. E a máquina reduz muito o tempo de secagem porque ela enxuga o café, que vai mais enxuto para o terreiro. Tem, ainda, a vantagem de reduzir as chances de o café sofrer fermentação, principalmente no caso do cereja descascado, o que é muito importante, porque a fermentação é negativa. Além de todos os benefícios da máquina, o pós-venda da Origem do Brasil também é muito bom. Estão sempre nos dando muita atenção, com preocupação e assistência técnica“.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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