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Modernização do controle de doença de citros gera economia de 5 bilhões de litros de água

 

Pesquisa do Fundecitrus mostra que é possível reduzir volume de calda, beneficiando o meio ambiente e o bolso dos citricultores

Controle de doença de citros gera economia de 5 bilhões de litros de água - Crédito Shutterstock
Controle de doença de citros gera economia de 5 bilhões de litros de água – Crédito Shutterstock

Estudo do Fundecitrus propõe reduzir em 70% o volume de calda (água com produto) e em 50% a dose de cobre em pulverizações para cancro cítrico, mantendo a mesma eficiência de controle. Essa economia colabora com a redução dos impactos ambientais no campo e dá alívio ao bolso dos citricultores.

De acordo com a pesquisa, os volumes de calda de 70ml/m³ de copa com 36,8 mg de cobre metálico por metro cúbico de copa e 40 ml/m³ com 52,5 mg de cobre podem ser utilizados com segurança nos pomares. Os testes foram realizados em campos experimentais do Fundecitrus no Paraná.

Para se ter uma ideia, se essa redução fosse aplicada em todo cinturão citrícola paulista, que hoje está estimado em 400 mil hectares, fazendo seis aplicações por safra, a economia seria de 5,3 bilhões de litros de água, o suficiente para abastecer toda a cidade de São Paulo por quatro dias, ou o equivalente a 48 milhões de pessoas por um dia.

“Esses números são muito relevantes devido ao momento enfrentado em relação à água, e à necessidade de conscientização no seu uso com a adoção de práticas sustentáveis“, afirma o pesquisador do Fundecitrus Marcelo da Silva Scapin, responsável pelo estudo.

Além disso, com a adequação indicada pela pesquisa os produtores conseguem reduzir até 40% dos custos com o controle da doença.  Em uma área de 100 hectares, por exemplo, os citricultores deixam de gastar R$ 5 mil em uma aplicação. A economia em todo o parque chegaria a R$ 120 milhões em redução de gastos com máquina, produto e mão de obra.

“A adequação dos volumes de aplicação possibilita economia e redução do impacto ambiental, além de aumentar o rendimento operacional dos equipamentos. Lembrando que as pulverizações cúpricas não podem ser feitas isoladamente, mas em conjunto com inspeções periódicas e outras medidas preventivas contra o cancro cítrico“, afirma Scapin.

Entretanto, não é só para cancro cítrico que a redução pode ser feita. Nos últimos 10 anos, os estudos do Fundecitrus avançaram e mostraram que é possível diminuir a quantidade de água nas pulverizações para controle de psilídeo Diaphorina citri com redução de 70%, para podridão floral (estrelinha) de 60%, para leprose até 30% e para pinta preta que pode ser entre 40 e 50%.

Essa matéria você encontra na edição de julho da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira a sua.

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