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Nichos de mercado da alface romana

 

Tiyoko Nair Hojo Rebouças

Professora doutora – UESB-DFZ e presidente da Associação Brasileira de Horticultura

tiyoko@uesb.edu.br

John Silva Porto

Professor UESB

Crédito Ana Paula
Crédito Ana Paula

A alface romana (Lactuca sativa var. longifolia) apresenta folhas alongadas de consistência rígida, nervuras claras, com cabeça fofa em forma de cone. Geralmente as cultivares deste tipo de alface possuem sabor característico e maior adaptabilidade ao clima tropical em relação aos outros tipos de alface, por possuir maior resistência ao pendoamento precoce.

Além disso, a alface romana é uma excelente fonte de vitaminas C, B, A (carotenoides), ácido fólico, molibdênio, fibras e é rica em antioxidantes que previnem o câncer. Pode- se observar a composição nutricional da alface romana na Tabela 1.

Tabela 1. Composição nutricional em 100g de matéria seca de alface romana.

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Oferta x demanda

A produção da alface romana ainda é pouco explorada, atendendo, em sua maioria, mercados específicos, como redes de lanchonetes, sendo muito utilizada para lanches devido à característica de resistência a temperaturas mais elevadas, rigidez e crocância do produto. Outro nicho de mercado explorado é o de produtos minimamente processados, mas este em menor proporção.

Com a procura cada vez maior por alimentos com qualidade nutricional, a alface romana passa a ser uma boa alternativa alimentar para a dieta humana, podendo ser consumida nas refeições diárias familiares.

Além disso, como já citado anteriormente, a alface romana possui características que podem aferir vantagens em relação à conservação da qualidade pós-colheita do produto, como folhas mais firmes e rígidas, que podem aumentar o tempo de prateleira do produto em relação a outras alfaces, sendo uma ótima opção para o mercado de minimamente processados.

Por ser resistente ao pendoamento precoce, ocasionado por altas temperaturas, apresenta também potencial para ser produzida em regiões onde a temperatura ambiental é elevada.

Manejo

O tipo de manejo empregado na produção da alface romana é praticamente o mesmo das demais alfaces, podendo ser cultivada em sistema orgânico, convencional, cultivo protegido (hidropônico) ou produção em campo aberto. Somente os critérios de adubação e nutrição devem ser observados, sendo esta com exigência nutricional diferente das demais.

Custos e rentabilidade

Com exceção do valor das sementes da alface romana (em média 0,35 R$/g) em relação à alface crespa (média 0,15 R$/g), os custos envolvidos nos insumos e operações de cultivo durante a produção são praticamente os mesmos.

Porém, a rentabilidade gerada é maior, por ser também um produto diferenciado, agregando maior valor no produto final. Segundo a CEAGESP o quilo da alface romana é comercializado em média a R$ 2,40, um acréscimo de 26% no preço em relação à alface crespa (R$ 1,77/kg).  Pode-se citar, também, a estabilidade no preço deste produto, sendo maior em relação aos outros tipos de alface.

Crédito Arquivo
Crédito Arquivo

Entraves

A falta de informação e divulgação a respeito dos produtos olerícolas costuma ser um entrave para a difusão destes produtos em todo o território nacional, a exemplo da alface romana. A propaganda deste produto, abordando os aspectos nutricionais e as vantagens no armazenamento, são necessárias, visando o aumento do consumo e, consequentemente, a produção.

No que diz respeito aos aspectos técnicos acerca da produção da alface romana no Brasil, ainda há poucas informações levantadas para esta cultura, sendo necessário o desenvolvimento de novas pesquisas para o aprimoramento das técnicas de produção desta folhosa.

Essa matéria você encontra na edição de fevereiro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

 

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