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O pesquisador Nilton Junqueira, da Embrapa Cerrados, teve o nome eternizado em uma nova espécie de maracujá Passiflora junqueirae. A planta, nativa da flora brasileira, foi descrita por Daniela Cristina Imig, professora do Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade), de Curitiba (PR), e pelo seu orientador de mestrado Armando Carlos Cervi, pesquisador do Departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná, a partir de coletas no Parque Nacional do Caparaó, na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo.
“É uma forma de reconhecimento da comunidade científica. Quando sai uma espécie assim, o mundo inteiro fica sabendo, pois é preciso enviar material para diferentes herbários. Isso acaba levando junto o nome da instituição“ diz Junqueira, que é engenheiro agrônomo com mestrado e doutorado em fitopatologia pela Universidade de Viçosa.
A P. junqueirae é uma planta herbácea e trepadeira. As folhas são inteiras, mas trilobuladas. As flores são solitárias e vistosas, com sépalas e pétalas brancas e a corona de filamento em múltiplas séries, que vão da coloração vinho escuro a lilás claro no ápice, bandeados de branco ““ a beleza das flores, que se abrem pela manhã, confere à espécie potencial ornamental. Os frutos são do tipo baga, de formato alongado com sementes revestidas por polpa de sabor levemente ácido, mas agradável ao paladar, segundo os pesquisadores.
Um fato que chama a atenção é o tamanho das aristas, que são projeções das sépalas. As aristas do Passiflorajunqueirae medem entre 2 cm a 3,5 cm.