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Novas embalagens preservam qualidade do café

Parceria entre BSCA, Apex-Brasil, UFLA e empresas de embalagens e cafés especiais cria sacas que preservam atributos físicos e sensoriais do produto por período mais longo

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Em 2013, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) deu início ao desenvolvimento do Design Embala, programa que foca a qualificação das embalagens dos produtos para exportação das empresas que participam de seus projetos setoriais.

No setor cafeeiro, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), que é a responsável pelo Brazilian Specialty and Sustainable Coffees, foi procurada para analisar o cenário das embalagens destinadas aos grãos crus.

As empresas Klabin e Videplast demonstraram interesse pela iniciativa e começaram trabalhos para desenvolver invólucros mais sustentáveis para o armazenamento dos cafés especiais do Brasil.

A BSCA fez contato, também, com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), com quem firmou parceria para a realização da inédita pesquisa “Desenvolvimento de Embalagens e Métodos de Armazenamentos para Cafés Especiais“, cujos trabalhos foram conduzidos pelo professor do Departamento de Engenharia, Flávio Meira Borém, e que contou com a parceria da Klabin, Videplast e das empresas de cafés especiais Bourbon Specialty Coffees e Carmocoffees.

Mais qualidade para o café

Os estudos, que buscaram invólucros que preservassem atributos e a qualidade dos cafés crus por mais tempo.  A Videplast e a Klabin desenvolveram tecnologias para a elaboração de sacas com novos materiais experimentais, os quais foram confrontados com as tradicionais embalagens de juta e também com aquelas àvácuo, que têm melhor desempenho na preservação dos atributos sensoriais dos cafés armazenados, porém, com custos elevados.

Para efeito comparativo, os cafés foram armazenados em seis embalagens compostas por novas e diferentes soluções tecnológicas: (i) papel multifoliado; (ii) papel multifoliado + barreira a vapor d’água; (iii) papel multifoliado + alta barreira; (iv) papel multifoliado + alta barreira + barreira contra condensação de umidade; (v) papel multifoliado + alta barreira + barreira contra condensação de umidade + injeção de CO2; e (vi) plástico alta barreira.

Após um período de 12 meses, com verificações trimestrais por meio de avaliações sensoriais, realizadas por um grupo de degustadores em prova cega, embasadas em um mesmo modelo estatístico de análise dos cafés especiais, destacaram-se, entre todas as amostras (incluindo lotes que foram exportados aos Estados Unidos depois de três meses armazenados no Brasil), as embalagens elaboradas com papel multifoliado + alta barreira + barreira contra condensação de umidade e com sacos de plástico de alta barreira.

Essas foram as duas opções que melhor conservaram a qualidade sensorial do café, apresentando o mesmo potencial de preservação das embalagens a vácuo.

Essa matéria você encontra na edição de junho 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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