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O que o extrato de algas marinhas da Acadian pode fazer por seu cultivo?

Marcos Bettini

Gerente Comercial da Acadian do Brasil

Lilian Saldanha

Gerente de Pesquisa da Acadian do Brasil

 

Foto 01A Acadian Seaplants, empresa líder mundial em pesquisas, cultivo, colheita e extração de algas marinhas, com presença no mercado mundial desde 1981, recentemente criou uma divisão específica para o mercado agrícola, denominada Acadian Plant Health, visando oferecer ao mercado agrícola os benefícios das soluções sustentáveis dos produtos da companhia.

A empresa canadense tem uma subsidiária regional no Brasil, denominada Acadian do Brasil LTDA, com foco em oferecer o melhor atendimento e a maior agilidade em produtos e prestação de serviços aos clientes em nosso País.

Com uma equipe atuante, a Acadian oferece suporte necessário aos principais mercados agrícolas brasileiros. Além de toda a tecnologia empregada nos produtos, a empresa conta com técnicos e distribuidores que estão à disposição dos clientes em todo o Brasil.

Com uso de algas observou-se, aos 30 dias após emergência, maior nodulação e desenvolvimento do sistema radicular
Com uso de algas observou-se, aos 30 dias após emergência, maior nodulação e desenvolvimento do sistema radicular

Origem

Os extratos produzidos pela Acadian são provenientes da alga marrom conhecida como Ascophyllum nodosum. Esta alga é encontrada nas águas frias do norte do Oceano Atlântico e vem sendo amplamente usada em diversos cultivos devido às propriedades que apresenta, dentre as quais promover o crescimento das plantas, incrementar a absorção de nutrientes e a tolerância a estresses.

Existe uma vasta literatura indicando os benefícios de aplicar Ascophyllum nodosum nos cultivos, dentre os quais destacamos o incremento da produtividade e da sanidade das plantas (Colapitera e Alexander 2006, Jayaraj et al. 2008, Spann e Little, 2011).

Esta alga é a mais pesquisada, com mais de 2.500 publicações em periódicoscientíficos, comprovando os benefícios da aplicação de extrato de algas nos diversos cultivos agrícolas, incluindo a consistência do processo de extração da alga produzido pela Acadian Seaplants e da aplicação do extrato em diversos cultivos (Craigie, 2011; Battacharyyaet al., 2015).

Foto 02

Sustentabilidade

Na produção dos extratos de Aschophyllum nodosum da Acadian utilizamos matéria-prima 100% fresca, resultante de uma colheita da alga de forma sustentável, seguida de extração por metodologia desenvolvida e patenteada, que resulta em um produto final com composição bioquímica única, com compostos bioativos como manitol, betaínas, alginatos, polissacarídeos, fucoses, ácidos orgânicos, aminoácidos, entre outros.

Estes compostos bioativos presentes no extrato Acadian alavancam processos naturais nas plantas cultivadas, que vão desde otimizar a produção de fitohormônios a acionar genes que induzem à produção de compostos antioxidantes que protegem a planta contra diversos estresses ambientais.

Os resultados obtidos em diversas partes do mundo com a aplicação do extrato da Acadian são suportados por anos de pesquisa científica, com consequente aumento de produtividade, melhor estabelecimento das plantas, tolerânciaà alta e baixa temperatura, maior absorção de nutrientes e melhor manejo da água disponível.

Foto 03

Benefícios

Os extratos da Acadian estão registrados como fertilizantes organominerais, com garantias nutricionais de potássio e carbono orgânico. O produto é de fácil manuseio, podendo ser usado no tratamento de sementes, jato dirigido ao solo e/ou pulverização foliar, e ainda na hidroponia e fertirrigação.

Ascophyllum nodosum age diretamente na planta, induzindo maior vigor, produtividade e melhor qualidade. Adicionalmente, otimiza a absorção de nutrientes com consequente melhoria na sanidade da planta, na redução de perdas de fertilizantes, melhorando o crescimento da planta, resultando em maior resposta da planta em relação ao manejo aplicado.

Extratos de algas à base de Ascophyllum nodosum aumentam a produtividade das plantas agrícolas por reduzirem as perdas em caso de estresses por meio de processos de sinalização para a planta, melhorando o uso eficiente de água em soja, atestado por recente pesquisa efetuada nesta cultura usando imagens termais (Martynenko et al., 2016) para entender o estresse fisiológico em plantas de soja sujeitas aodéficithídrico.

É de conhecimento que as plantas cultivadas são muito sensíveis aos diversos estresses, em especial ao déficit hídrico, principalmente durante a fase de reprodução. A falta de água, em cultivos de soja, pode resultar em problemas na germinação, com reduçãono estande e no crescimento das plantas, podendo ocasionar perdas na produtividade.

Adicionalmente, pode causar aborto de flores e vagens novas, reduzindo, por exemplo, o número de sementes por vagem, o enchimento de grãos e seu tamanho, além de prejudicar a produtividade e a qualidade de forma relevante.

Estudos têm demonstrado o efeito positivo do extrato de Ascophyllum nodosum Acadian® na tolerância das plantas ao déficit hídrico. No entanto, os modos de ação do extrato de algas marinhas envolvidos na melhoria da tolerância ao estresse ainda estão sendo compreendidos.

Foto 04

Como funciona

A resposta das plantas ao estresse hídrico é um processo complexo e dinâmico (Chaves et al., 2003). A folha da planta é o principal receptor de estresse, sendo responsável por desencadear respostas fisiológicas que podem ir desde a expressão dos genes à regulação hormonal (Peleg e Blumwald, 2011) para a osmorregulação (Wani 2014) e adaptação estrutural (Bacelar et al.,  2004).

A folha da planta tem um mecanismo inerente de regulação dos estômatos que controla a troca gasosa, a fotossíntese e atividades metabólicas em resposta às mudanças ambientais por meio da manutenção de um equilíbrio crucial entre ganhos fotossintéticos e perdas de água (Chaves et al., 2003; Jones et al., 2009; Costa et al., 2013).

Foto 05

Experimentos

Ensaios foram realizados com o objetivo de compreender os mecanismos de ação do extrato de algas, simulando as condições de estresse hídrico em plantas de soja, em que imagens termais foram utilizadas para auxiliar na detecção, durante os estágios iniciais, das respostas fisiológicas das plantas de soja ao estresse hídrico “in-situ”.

Para tanto, mediu-se o ângulo e a temperatura da folha de plantas de soja individualmente ao longo de um experimento de déficit hídrico, seguido de recuperação de tensão por cinco dias.

Vale ressaltar que no experimento as medidas foram efetuadas em plantas tratadas com Acadian® e plantas testemunhas, todas submetidas às mesmas condições de estresse. Essa pesquisa foi um passo importante no entendimento dos benefícios de extratos de algas marinhas, visando melhorar a produtividade da cultura sob estresse hídrico.

Durante os dois primeiros dias de experiência não houve diferenças estatísticas significativas na temperatura da folha e turgescência entre as plantas tratadas e o controle. A diferença tornou-se significativa no terceiro dia de estresse hídrico.

Depois de cinco a seis horas de exposição à luz, as plantas controle murcharam rapidamente (menor ângulo), enquanto as plantas tratadas com extrato de alga mantiveram o turgor (perpendiculares à haste). Após 24horas de estresse, no quarto dia, a turgidez de plantas tratadas com extrato de algas foi ligeiramente maior do que o controle.

Foto 06 A

No quinto dia foi efetuada a reidratação, quando houve diferenças significativas visíveis entre os tratamentos. Após duas a três horas de reidratação, as plantas tratadas com extrato de algas se recuperaram, enquanto as plantas controle não foram capazes de se recuperar totalmente. O efeito positivo observado nas plantas tratadas com Acadian® foi verificado em várias repetições do experimento de forma consistente.

Assim, este estudo permitiu concluir que imagens termais da temperatura da folha podem ser usadas como indicadores de reposta da planta quando submetida a déficithídrico. Tanto o turgor quanto a mudança da temperatura nas folhas sãoinformações importantes para compreendermos o estresse fisiológico.

Foto Imagens termais

Pesquisas no Brasil

Em ensaios efetuados em diversas regiões do Brasil com soja e milho observou-se melhor estabelecimento inicial da cultura e incremento de produtividade, conforme resultados obtidos em ensaio de campo e em áreas demonstrativas.

Foram efetuados ensaios de soja e milho em diversas regiões do Brasil. Em ensaio conduzido na Fazenda Escola no Norte do Paraná (UENP), em Bandeirantes (PR), com soja, objetivou-se avaliar o efeito do programa da Acadian Plant Health (APH) na produtividade da soja.

O ensaio foi conduzido com delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro tratamentos e cinco repetições. As doses usadas foram tratamento sem aplicação (padrão de cultivo) e três tratamentos com doses crescentes do programa Acadian Plant Health, que constaram de aplicação nas sementes e aplicações foliares do extrato de algas (i.e. em V8/R1 e R4/R5) em doses de 0,5 L/ha a 02 L/ha.

Foto 06

Foram avaliados parâmetros agronômicos e microbiológicos, incluindo massa fresca e seca, número de flores, produtividade e os resultados obtidos submetidos à análise de variância.

Dentro das condições de realização deste ensaio, o programa APH mostrou-se eficiente no incremento da produtividade de soja, sendo obtidos 3.625,9 kg/ha quando a semente foi tratada com Acadian e efetuaram-se duas aplicações foliares, cada uma de 0,5 L/ha, sendo uma em V8/R1 e outra em R4/R5. Por outro lado, no controle (i.e. sem o Programa APH) foi obtida uma produtividade de 2.300 kg/ha.

Este resultado equivale a um incremento na ordem de 7,0% em relação ao controle e indicou que aplicações de extrato de alga à base de Ascophyllum nodosum reduzem a taxa de abortamento em soja devido ao estresse ambiental.

 

 grafico-1

Na prática

Em diversos ensaios conduzidos em áreas de produtores, observamos que o uso de extrato de algas promoveu aumento da produtividade, conforme gráfico a seguir, incremento que varia de 03 a 13 sc/ha, com média de ganho de sete sacas por hectare.

grafico2

Com base nos resultados obtidos em anos de pesquisa a campo, recomenda-se o uso de extrato de algas para incremento de produtividade, melhor estabelecimento das plantas e tolerância ao estresse ambiental.

Empresa

A Acadian Seaplants é líder mundial em soluções bioativadoras e bionutritivas cientificamente comprovadas para aumentar o rendimento das culturas. A Acadian Plant Healthâ„¢ dedica-se à sustentabilidade e a maximizar a rentabilidade das culturas, protegendo o meio ambiente.

Os produtos da Acadian otimizam o desempenho da planta da semente à mesa, melhorando o estabelecimento inicial da planta, a nutrição e o gerenciamento do estresse. Acadian Plant Healthâ„¢ é uma divisão da Acadian Seaplants Limited. Os produtos agrícolas da Acadian incluem Acadian®, Stimplex®, Stella Maris® e Toggle®, que são utilizados como insumos agrícolas em mais de 70 culturas nos mais de 80 países.

Acadian aumenta a produtividade do feijoeiro

No experimento conduzido pela empresa de consultoria e pesquisa Terras Gerais, em Lavras (MG), entre março e julho de 2017, foram testadas duas doses de Acadian, conforme a tabela a seguir:

Tabela 01 – Produção de vagens e grãos em função do manejo nutricional

Tratamentos Vagens por planta Grãos por vagem Grãos por planta
Controle 18,52 4,60b 79,42c
Acadian I 16,70 5,33a 85,73a
Acadian II 16,25 5,24a 87,45a

Número de grãos por planta

grafico3

Foto junto ao Gráfico 03Controle ““ testemunha

ðAcadian I ““ No sulco (micron): 200ml/ha + 01 pulverização foliar de 1,0 L/ha de Acadian em V4.

ðAcadian II – No sulco (micron): 200ml/ha + 02 pulverizações foliares de 1,0 L/ha de Acadian em V4 e R5.

Aos 30 dias após a emergência foram retiradas plantas para avaliação do sistema radicular, quando observou-se maior nodulação e desenvolvimento do sistema radicular de plantas tratadas com extratos de alga Acadian comparadas ao controle.

Avaliações de números de grãos por vagem e número de grãos por planta apresentaram diferenças significativas. As plantas tratadas com Acadian produziram mais grãos por vagem e mais grãos por plantas que o controle.

Por fim, a avaliação de colheita constatou maior produtividade das plantas tratadas com o extrato Acadian. Houve incremento de 4,3% na produtividade com o Tratamento I: 200mL/ha de Acadian no sulco de plantio + 01 aplicação de 1,0L/ha em V4. E incremento de produtividade em 8,9% com o Tratamento II: 200mL/ha de Acadian no sulco de plantio + 02 aplicações de 1,0L/ha em V4 e R5.

Foto soja

Tabela 2 ““ Massa de mil grãos e produtividade do feijoeiro em função do manejo nutricional

Tratamentos Massa de mil grãos

(g)

Produtividade

(sc ha-1)

Índice de rendimento

(%)

Controle 276,96b 63,74c
Acadian I 286,79a 66,49b 4,31
Acadian II 286,00a 69,43a 8,93

Produtividade em sc/ha

grafico4 Produtividade em scha

Essa matéria você encontra na edição de dezembro 2017 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua.

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