Com um compromisso de capital inicial que permitirá financiar até R$ 120 milhões para a safra 2019/20, o Pagsafra, primeira fintech do País com foco exclusivamente na cadeia de insumos do agronegócio, acaba de receber investimentos do Grupo Superbid e projeta números arrojados para os próximos três anos.
De acordo com o sócio executivo da startup, Jonatas Couri, a expectativa é transacionar R$ 1 bilhão nos primeiros 36 meses de operação.
O objetivo da startup é digitalizar os processos e agilizar a concessão de crédito com base em duplicatas eletrônicas. A plataforma tem uma interface voltada ao adiantamento financeiro das revendas, o que possibilita o desconto de recebíveis do agronegócio em até 72 horas, com menor burocracia e taxas mais competitivas.
“Hoje, os recebíveis estão estacionados nas revendas e têm baixa liquidez, ou seja, o Pagsafra aumenta a gama de capital à disposição dos distribuidores de insumos e sem o envolvimento bancário. Um outro impacto é a agilidade e simplicidade, já que a documentação é inteiramente digital e o desembolso acontece em pouco dias, diferente das operações de securitização agrícolas, que normalmente levam meses”, explica Couri.
O executivo aponta ainda que o cenário do Plano Safra é favorável à atuação das fintechs no agronegócio, somado ao fato do spread bancário não acompanhar, no momento, a queda na taxa Selic. Para Couri, essa diminuição permite que as fintechs tenham a oportunidade de espelhar as taxas menores de forma mais rápida.
“O Plano Safra continua desembolsando grandes volumes para o agronegócio, mas as taxas já são menos atrativas e as condições de utilização mais rígidas. Além disso, o plano é altamente direcionado para o produtor rural, com menos aplicabilidade para a distribuição de insumos”, aponta.
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