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Organominerais melhoram a qualidade do morango

Roberta Camargos de Oliveira

Engenheira agrônoma, doutora e PhD em Agronomia – Universidade Federal de Sergipe (UFS)

robertacamargoss@gmail.com

Fernando Simoni Bacilieri

Engenheiro agrônomo, mestre edoutorando em Agronomia““ UFU

ferbacilieri@zipmail.com.br

Melissa Martins de Araujo

Graduanda em Agronomia ““ UFU

melissa.martins@ufu.br

José Magno Queiroz Luz

Doutor e professor – UFU

jgmagno@ufu.br

Créditos Shutterstock
Créditos Shutterstock

O Brasil é o segundo maior produtor de morangos da América Latina, com produções nas regiões: sul, sudeste, centro-oeste e nordeste, as quais apresentam altas taxas de variação da produtividade, devido às condições edafoclimáticas da região de cultivo, fatores fisiológicos, genéticos, sistema de cultivo e manejo adotado.

O mercado fresco de morango representa 90% do destino final da produção, sendo atrativo devido ao alto valor dos frutos. No entanto, a alta perecibilidade destes pode gerar perdas quanti e qualitativas pronunciadas, que podem ser evitadas com boas práticas agronômicas que favoreçam o metabolismo vegetal, com produção de compostos e ativação de mecanismos que formem frutos com maior firmeza, capazes de aumentar o tempo de prateleira dos frutos.

Como chegar lá

Vários fatores interferem na obtenção de frutos de melhor qualidade. Os produtores devem estar atentos ao conjunto de práticas que podem ser atendidas de acordo com sua realidade. A escolha do material genético, época e sistema de cultivo direcionam fortemente o retorno na atividade.

No entanto, alternativas de manejo que resultam em retornos positivos vêm crescendo no mercado, como os fertilizantes organominerais (OM), os bioestimulantes, reguladores vegetais, aminoácidos, entre outros.

Estas categorias amplas, pela vasta opção de produtos disponíveis no mercado, marcam um rumo contemporâneo na agricultura, com estímulos ao cuidado e manutenção da vida no solo, sua interação com os vegetais, com benefícios mutualísticos ao ecossistema e a inserção do ser humano na natureza de forma mais harmoniosa.

Orgânico x convencional

As vertentes de sistema de cultivo convencional e orgânico enumeram seus prós e contras com relação ao resultado produtivo. O sistema convencional, com recursos de pacotes tecnológicos de química avançada é arrebatador em termos de quantidade produzida, mas dizima a longo prazo a diversidade, com resultados desastrosos ao ambiente.

Prova disso são os surtos de pragas e doenças, cada vez mais complexos e difíceis de controlar nas mais diversas culturas. Por outro lado, o sistema orgânico não admite a utilização de sintéticos, requerendo o uso de tecnologias que atendam à legislação de produção orgânica, com melhorias substanciais no ecossistema, porém, com baixo teor de nutrientes, o que pode reduzir a produção em termos quantitativos.

A combinação de elementos orgânicos com minerais pode proporcionar redução da fertilização inorgânica em até 40%, sem comprometer a obtenção de produtos em quantidades e qualidade, conforme observado por Hernández et al. (2014). A correção do solo e o uso de fertilizantes adequados potencializam a produção, o que atende às demandas do mercado e produz baixo impacto ambiental.

Nutrição racional

Para aproveitar os benefícios tecnológicos, como os fertilizantes químicos altamente solúveis e os defensivos, de uma forma racional e equilibrada, produtores têm investido em monitoramentos, tornando o manejo integrado. Os adeptos destes cultivos mais sustentáveis estão obtendo bons resultados. Nestes, os nutrientes podem ser fornecidos via solo com pellets e formulações sólidas compostas de materiais orgânicos diversos misturados aos convencionais NPK.

Plantas bem nutridas resistem melhor a fatores externos desfavoráveis, uma vez que os nutrientes são fundamentais para o metabolismo e ciclo da planta. O fornecimento dos nutrientes prontamente na solução do solo (químico) facilita a captação pelo sistema radicular, permitindo vigoroso desenvolvimento e otimização do potencial genético do morangueiro.

Substâncias húmicas e organominerais

No entanto, além dos nutrientes há outras substâncias captadas pelas plantas com retornos valorosos, como as substâncias húmicas (SH), formadas a partir de transformações químicas e biológicas da matéria vegetal e animal e do metabolismo microbiano.

O teor de SH relaciona-se com a vida no solo e regulação dos ciclos biogeoquímicos do carbono e nitrogênio no solo, o crescimento de plantas e microrganismos e a estruturação e agregação das partículas do solo, devido às associações dinâmicas e estabilizadas entre ligações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio.

A liberação lenta e frequente dos nutrientes pelos OM permite manter a relação C:N ideal, manter o equilíbrio da população microbiana do solo e melhorar a capacidade de retenção de água. Tais efeitos positivos já foram relatados em várias pesquisas, com respostas satisfatórias em quantidade e qualidade de morango.

Essa matéria completa você encontra na edição de maio de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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