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Os aminoácidos e as pulverizações agrícolas

Lucas Anjos de Souza

Professor e pesquisador no IF Goiano, Polo de Inovação em Bioenergia e Grãos, Campus Rio Verde (GO)

lucasanjos22@yahoo.com.br

 

Crédito FMC

Os aminoácidos geralmente são posicionados nas necessidades dos estádios de crescimento da planta. Assim, sua utilização está relacionada aos momentos críticos do ciclo vegetativo, quando existe uma demanda energética elevada por parte do vegetal, deixando-o mais suscetível a doenças.

Já há fortes evidências de que a aplicação de extratos de aminoácidos nos estágios iniciais de desenvolvimento hortaliças faz com que estas apresentem maior resistência a algumas doenças e, consequentemente, resulte em ganho de produção.

Além disso, os aminoácidos que são transportados para o interior das folhas podem ser incorporados em proteínas e, portanto, o teor de proteínas pode ser maior em plantas tratadas com aminoácidos (Wang et al. 2017; Sadak et al. 2014).

Portanto, pode haver aumento da qualidade nutricional da planta.

Já há estudos indicando que os aminoácidos podem levar a ganhos acima de 20% na produtividade, devido à melhora no desempenho fisiológico da cultura (Morales-Pajan et al. 2003).

É possível agregar valor ao produto comercializado, uma vez que a qualidade nutricional desse alimento será diferenciada em relação a outros produtos que não receberam esse tratamento adicional.

Estudos recentes demonstram que plantas tratadas com aminoácidos apresentam teores mais elevados de substâncias benéficas à saúde, como carotenoides, polifenóis e flavonoides (Ertani et al. 2014).

Outro fator importante é o aumento da absorção de micronutrientes, que são elementos requeridos em baixas quantidades. Alguns estudos já apontam para o aumento da capacidade de absorção de ferro em plantas tratadas com aminoácidos (Halpern et al. 2015).

 

Recomendações

 

De modo geral, é importante que a aplicação seja realizada nos estágios iniciais de desenvolvimento do estágio vegetativo, pois assim a planta terá disponível uma quantidade maior de nutrientes para serem retornados em produção.

Em relação à dose, é necessário que o produtor se atente à recomendação do fabricante do produto, que pode variar de 01 a 20 litros por hectare. Essa atenção é necessária porque os produtos variam muito em composição e concentração das substâncias. Todavia, o efeito esperado é o mesmo – melhoria e aumento da produção.

O produtor deve seguir as orientações do fabricante do produto e dimensionar sua área de cultivo de modo que toda a cultura receba a aplicação de modo uniforme e, consequentemente, obtenha os mesmos benefícios.

Essa matéria completa você encontra na edição de outubro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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