Autores
Amélio Dall’Agnol
Pesquisador da Embrapa Soja
amelio.dallagnol@embrapa.br
É justificável a preocupação que a sociedade compartilha sobre a necessidade de aumentar a produtividade dos campos de produção, de vez que os espaços agricultáveis do planeta estão diminuindo e são cada vez menores precisamos produzir mais. E não apenas isto, precisamos fazê-lo de maneira sustentável para não comprometer a capacidade dos recursos naturais que a população atual desfruta, de prover o sustento das gerações que vierem depois de nós.
Conseguir alta produtividade num campo de produção agrícola não depende apenas do desejo do agricultor, mas da combinação de diversos fatores, em que ele entra como o gestor do processo produtivo. Caso as tecnologias sejam bem manejadas e o clima favorável, a lavoura pode alcançar altas produtividades, premiando o produtor com maior produção e acréscimo de renda, além de prestígio como principal responsável pelo sucesso da empreitada.
São muitos os fatores que contribuem para a obtenção de altas produtividades de um campo de produção agrícola, os quais poderiam ser resumidos em três grupos: ambientais, genéticos e tecnológicos. Desconhecemos o limite máximo de produtividade que um cultivo pode alcançar.
Para a soja, por exemplo, o produtor norte americano Kip Cullers teria obtido 176 sacas de 60 kg/ha ou 10.560 kg/ha, em 2010, em concurso promovido pela Associação Americana de soja (ASA). É a mais alta produtividade de soja de que se tem notícia em nível global, embora ele tenha se negado a fornecer detalhes sobre tal façanha.
No Brasil, a mais alta produtividade de soja foi obtida em 2017 no Paraná, em concurso nacional de máxima produtividade promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil: 149 sacas de 60 kg/ha, ou 8.946 kg/ha.
A adaptabilidade da soja também chama a atenção nesta edição do concurso, demonstrando que o cultivo pode ser feito de Norte a Sul do Brasil. Dentre os quatro mil produtores inscritos, a região sul contemplou 61,8% deles, seguida das regiões sudeste (16,3%), centro-oeste (15,1%), nordeste (4,9%) e norte (1,8%).
O desafio demonstra uma maior participação das regiões sudeste, nordeste e norte nesta edição, em comparação às edições passadas. Dentre os 26 Estados, 54% deles participam do Desafio CESB. Já entre os 5570 municípios do Brasil, estão participando 16% do total.
Eficiência produtiva
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