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sábado, setembro 21, 2024
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Os desafios do manejo de resistência de Plantas daninha

Autores

Diarly Sebastião dos Reis
Engenheiro agrônomo e mestre em Agronomia/Produção Vegetal
diarly.reis@gmail.com
Ronaldo Machado Junior
Engenheiro agrônomo, mestre em Fitotecnia e doutorando em Genética e Melhoramento – Universidade Federal de Viçosa (UFV)
ronaldo.juniior@ufv.br
Roque de Carvalho Dias
Engenheiro agrônomo, mestre em Agronomia/Produção Vegetal e doutorando em Agronomia/Proteção de Plantas – Unesp/FCA
roquediasagro@gmail.com

Crédito Larry Steckel

O principal desafio da agricultura no momento é a produção de alimentos em grande escala, atendendo as demandas humanas em quantidade e qualidade, de uma maneira socialmente justa e preservando os recursos naturais. Porém, qualquer produção agrícola é ameaçada por diversos fatores, como intempéries climáticas, pragas, doenças, plantas daninhas, entre outros.

Alerta

As plantas são consideradas daninhas se estiverem direta ou indiretamente prejudicando uma determinada atividade humana num determinado período. Assim, até uma planta de importância econômica pode ser daninha se ela não estiver no local e momento adequado. 

O principal método de manejo de plantas daninhas em culturas agrícolas é o químico. Este envolve o uso de produtos denominados herbicidas para controle destas plantas. O simples uso destes produtos, em algumas situações de maneira não tão adequada, pode selecionar plantas resistentes.

Entende-se por resistência a habilidade hereditária de uma planta se desenvolver e reproduzir após a exposição a um herbicida (nas mesmas condições edafoclimáticas e agronômicas), o que seria letal a outros indivíduos da população daquela espécie.

Esta pode ocorrer de forma natural (selecionada em biótipos dentro de populações de plantas daninhas no campo por meio do uso de herbicida) ou concebida por técnicas de engenharia genética ou seleção de genótipos diferentes produzidos por culturas de tecidos ou mutagêneses, denominada transgenia (transgênicos).

Como acontece?

A resistência de plantas daninhas a herbicidas pode ser classificada como simples, cruzada ou múltipla. Simples, quando biótipos de plantas daninhas são resistentes a um único herbicida dentro de um mesmo mecanismo de ação.

A resistência cruzada acontece quando as plantas daninhas são resistentes a dois ou mais herbicidas de diferentes grupos químicos, porém, que pertença a um mesmo mecanismo de ação. Já a resistência múltipla é quando as plantas daninhas possuem resistência a mais de um herbicida de diferentes mecanismos de ação.

O manejo da resistência depende de vários fatores, como genéticos, bioecológicos e agronômicos. Os genéticos estão relacionados à frequência inicial da mutação, que confere resistência, características da herança da resistência, tipo de fecundação e fluxo gênico. Os bioecológicos estão relacionados com as características das plantas daninhas e os fatores agronômicos estão ligados ao herbicida e ao manejo, que podem ser conduzidos de forma positiva ou negativa, dependendo das técnicas utilizadas.

O fato da maioria das plantas resistentes serem dicotiledôneas traz atenção a uma das classes mais antigas e importantes de herbicidas, que são os mimetizadores de auxina. As plantas da família Poaceae, a maioria das monocotiledôneas, possuem naturalmente maior tolerância a estes herbicidas, ao contrário das plantas dicotiledôneas, que são em quase sua totalidade sensíveis a esta classe.

Portanto, é muito utilizado em culturas como pastagens, trigo, arroz e milho (todas monocotiledôneas) em detrimento a culturas como a soja (dicotiledônea).

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