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Os métodos de controle da ferrugem asiática

Luís Paulo Benetti Mantoan

Doutorando em Ciências Biológicas/Fisiologia Vegetal – UNESP-Botucatu

Carla Verônica Corrêa

Doutoranda em Agronomia/Fisiologia Vegetal e Metabolismo Mineral – UNESP-Botucatu

cvcorrea1509@gmail.com

Crédito Ana Maria Diniz

A ferrugem asiática pode causar redução de produtividade de soja na ordem de 75%. Com isso, se faz necessário o uso de vários métodos de controle no manejo da doença, como a adoção de vazio sanitário, calendarização de semeadura da cultura, semeadura de variedades cada vez mais precoces já na primeira época de plantio permitido, uso de variedades com genes de resistência, além do controle químico.

 

A temida ferrugem

Sintomas de ferrugem no inverso da folha de soja – Crédito Cláudia Vieira Godoy

Atualmente, o maior desafio enfrentado pelos produtores de soja no Brasil é a ferrugem asiática, ou também conhecida como ferrugem da soja. Essa doença é causada pelo fungo Phakopsorapachyrhizi, sendo que as perdas nas lavouras ultrapassam 70% das áreas atingidas.

Além desse patógeno ter encontrado no Brasil as condições climáticas ideais para seu desenvolvimento, também adquiriu resistência aos ingredientes ativos dos principais fungicidas utilizados pelos produtores.

Levando em consideração a vastidão de áreas produtoras e a importância econômica da soja, somado ao poder devastador dessa doença, empresas, governo, pesquisadores e produtores trabalham intensamente no desenvolvimento de produtos e métodos capazes de controlar a ferrugem.

Os prejuízos causados pela ferrugem vão desde os elevados custos com pulverizações até perdas elevadíssimas na produtividade. A ferrugem asiática causa rápido amarelecimento e queda precoce das folhas, prejudicando plenamente a formação dos grãos.

 

Condições para o ataque

A ferrugem asiática pode reduzir a produtividade em 75% – Crédito Ana Maria Diniz

Em relação aos fatores climáticos, as condições favoráveis para o desenvolvimento da doença é temperatura 14 e 28°C e alta umidade. Em relação ao manejo, o uso de cultivares mais tardias, bem como semeaduras tardias em relação à época recomendada para cada região e prolongamento do período de semeadura, contribui muito para a agressividade da doença.

Primeiramente, deve-se destacar a importância do desenvolvimento de um programa de pulverizações, ou seja, tratamento que tenha como base o uso intercalado dos diferentes modos de ação dos produtos. Entre os fungicidas mais recomendados destacam-se os do grupo das estrobirulinas associada a um triazol.

Além disso, o produtor deve atentar-se em realizar aplicação preventiva dos fungicidas, iniciando as aplicações antes da presença da doença; respeitar doses e os intervalos de aplicação presentes na bula; adotar um programa de fungicidas contendo vários modos de ação; realizar no mínimo duas aplicações de fungicidas multissítios por ciclo da cultura da soja; realizar no máximo duas aplicações de fungicidas à base de carboxamida por ciclo da soja; seguir rigorosamente o período do “vazio sanitário“; empregar outras estratégias de controle, como uso de variedades de soja com tolerância genética, variedades de ciclo curto e adoção de adequadas tecnologias de aplicação de fungicidas.

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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