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Óxido de magnésio e de cálcio aumentam produtividade do cafeeiro

Felipe Santinato

Engenheiro agrônomo, mestre e doutorando – UNESP Jaboticabal

fpsantinato@hotmail.com

Roberto Santinato

Engenheiro agrônomo do MAPA/Procafé

Reginaldo Oliveira Silva

Gerente do Campo Experimental IzidoroBronzi, ACA

 

É proibida a reprodução e/ou utilização desta imagem sem a autorização por escrito do Autor
É proibida a reprodução e/ou utilização desta imagem sem a autorização por escrito do Autor

A calagem é fundamental para a produção do cafeeiro, e tem várias funções, como fornecer Ca e Mg nas quantidades adequadas e proporções convenientes, neutralização dos ions H+ e elevação do pH.

Esta operação deve ser realizada com base na análise de solo, buscando elevar o índice de saturação de bases (V%) para 60%. Quando o solo encontra-se com este V% adequado ocorre o melhor aproveitamento dos macro e micronutrientes, já que com ele haverão poucas reações antagônicas.

A figura a seguir compreende os resultados de seis experimentos realizados de 1974 a 1988, evidenciando a superioridade dos tratamentos que fizeram a calagem.

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Custo-benefício

Apesar de tantos benefícios, a calagem é uma operação “barata“ quando comparada a outras adubações, como nitrogenada, potássica e fosfatada. O custo do insumo básico calcário é pequeno, mesmo quando são requeridas doses de até 4,0 t ha-1.

Talvez por isso, muitas vezes no campo nos deparamos com aplicações mal feitas em decorrência de derivas e más regulagens nas calcareadoras.

 Geox e GeoxSuper S são utilizados com a finalidade de proceder à calagem, inclusive reduzindo a dose em até 50% - Crédito Dani
Geox e GeoxSuper S são utilizados com a finalidade de proceder à calagem, inclusive reduzindo a dose em até 50% – Crédito Dani

Na dose certa

Para a correção do solo na cafeicultura comumente utiliza-se o calcário dolomítico, PRNT = 60 a 80%, 25 a 30% de CaO e 15 a 20% de MgO, para atingir o V pretendido de 60%.

Na década de 80, com o surgimento do calcário dolomítico calcinado, utilizava-se em torno de 30 a 40% da dose do dolomítico comum. Em questão de oito a 10 anos surgiu no mercado os óxidos de Magnésio e Cálcio (50 a 60% de CaO, 25 a 30% de MgO e PRNT de 150 a 170%) utilizada via pivô, em fertirrigação, com 25% da dose do calcáriodolomítico e complementada com sulfato de magnésio afim de equilibrar o fornecimento de Ca e Mg (3/:5). ““ EXCLUIR.

Recentemente temos no mercado vários tipos de óxidos com PRNT elevado (130% a 180%), CaO 60% e MgO de 30%, com reação mais rápida e eficaz. Sem bases técnicas/científicas existem recomendações que reduzem até a metade da dose de referência, quando se opta por tais fontes.

Para verificar a viabilidade da utilização destas fontes, a possibilidade de redução de doses e os efeitos promovidos no cafeeiro, instalaram-se dois experimentos:

Experimento 1:

O trabalho foi instalado no Campo Experimental IzidoroBronzi(ACA), Araguari (MG), em lavoura da cultivarCatuaí Vermelho IAC 144, espaçada em 3,7 x 0,7 m, solo LVA de Cerrado, com 11/12 anos de idade.

Estudaram-se os tratamentos: testemunha (T1); calcário Dolomítico (T2); Geox 100% (T3); Geox 50% da dose (T4); Geox 25% da dose (T5); Geox Super S100% da dose (T6); Geox Super S 50% da dose (T7) e Geox Super S 25% da dose (T8).

Os tratamentos foram delineados em blocos ao acaso, em parcelas de 30 plantas, sendo úteis as seis centrais. O Geox possui PRNT de 180%, e o GEOX Super S, 105%.

Avaliaram-se os parâmetros de fertilidade do solo, teor foliar e produtividade. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA, e procedente ao teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Resultados e discussão

Todos os tratamentos foram superiores à testemunha de forma significativa, com aumento de 22 a 52% na produtividade, com destaque para o Geox na dose total e reduzida em 50%, e o Geox Super S nas mesmas doses. As reduções de até 75% da dose (Geox 25% e Geox Super S 25%) obtiveram produtividade menores, não sendo indicadas.

Tabela 1. Produtividade do cafeeiro em função dos tratamentos estudados – 1ª safra após a aplicação dos tratamentos.

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Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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