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Pesquisa mostra transferência de 30% do nitrogênio no cultivo de tomate com leguminosas

Crédito DuPont
Crédito DuPont

Uma pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Polo Regional de Piracicaba da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), mostra que é possível incorporar 90 quilos de nitrogênio por hectare no tomate cereja consorciado com leguminosas. Esse número representa 30% do elemento no cultivo. O resultado mostra a importância do uso das leguminosas como adubo verde para a redução do uso de fertilizantes químicos.

A pesquisa avalia o consórcio de tomate com tremoço, feijão-de-porco, crotalária-júncea, mucuna-anâ e caupi. A primeira fase do projeto mostrou que a incorporação de nitrogênio aumentou em 10% a produtividade do tomate salada.

As plantas, assim como todos os seres vivos, precisam de nitrogênio. O ar atmosférico é muito rico desse elemento, o problema é que as moléculas de nitrogênio possuem uma ligação tripla covalente, o que dificulta a sua quebra e seu uso em compostos orgânicos.

Na agricultura, as leguminosas têm papel fundamental por terem em suas raízes bactérias do gênero Rhizobium, capazes de quebrarem esta ligação covalente. O resultado é a incorporação e fixação de nitrogênio no solo, sem a necessidade do uso de fertilizantes químicos, promovendo economia e sustentabilidade ao sistema agrícola.

“Para a produção de fertilizantes químicos, essas ligações são quebradas com energia e pressão. Com o plantio de leguminosas é possível incorporar no solo o nitrogênio sem a necessidade do uso de produtos químicos, o que torna a agricultura mais sustentável e barata“, afirma Edmilson Ambrosano, pesquisador do Polo Regional de Piracicaba da APTA.

Para alcançar esses resultados, os pesquisadores da APTA utilizaram uma técnica chamada abundância natural de nitrogênio 15 e conseguiram, de forma inédita, comprovar a incorporação do nitrogênio na cultura. “Comprovar essa incorporação é importante para dar mais segurança aos agricultores e convencê-los dos benefícios das leguminosas na agricultura“, explica Ambrosano.

Essa matéria você encontra na edição de novembro 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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