Autor
Cristiane de Lima Wesp
Pesquisadora em Fitotecnia – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) – Estação Experimental de Campos Novos, Santa Catarina
cristianewesp@epagri.sc.gov.br
O Brasil apresenta aproximadamente 58% do seu território coberto por florestas naturais e plantadas, o que representa a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia.
São estimados 485,8 milhões de hectares de florestas nativas e 9,9 milhões de hectares de florestas plantadas. Além disso, estudos indicam que o Brasil é o país com maior diversidade genética vegetal do planeta.
Neste sentido, a flora brasileira proporciona ao País posição de destaque em relação à diversidade de espécies nativas com potencial de utilização tecnológica e econômica. A realização de estudos botânicos, agronômicos e químicos nessas espécies torna-se importante, uma vez que os mesmos podem favorecer o aproveitamento sustentável dos recursos genéticos e da diversidade biológica, contribuindo para o estabelecimento de novas cadeias produtivas no País.
Cobertura florestal
Apesar dos desmatamentos já ocorridos e das extensas áreas cultivadas com monoculturas no Brasil, ainda são encontradas manchas de Floresta Ombrófila Mista, pertencente à Mata Atlântica, em grande parte do território nacional.
Contudo, sabe-se que a cobertura florestal nativa no Brasil sofreu ao longo dos últimos anos um processo de destruição acentuada. Tal fato é consequência de uma série de fatores, dentre os quais se destacam: a urbanização, a expansão de fronteiras agrícolas e a falta de conhecimentos técnicos e científicos à respeito do potencial de utilização dos recursos florestais nativos (a exemplo da utilização da madeira, dos frutos, de óleos e essências), bem como da diversidade de espécies da fauna nativa que se abrigam nessas formações florestais.
Na região sul do Brasil, a Floresta Ombrófila Mista, mais conhecida como floresta de araucária, é caracterizada pela presença abundante de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, ou pinheiro-do-paraná, pertencente à família Araucariaceae, a qual caracteriza o aspecto fitofisionômico desta formação florestal.
Além dela, tem destaque a espécie Ilex paraguariensis A. St.-Hil., pertencente à família Aquifoliaceae e a ocorrência de inúmeras espécies frutíferas da família Myrtaceae, as quais caracterizam o estrato inferior dessa formação vegetal.
Potencial econômico
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