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Plantio de tomate exige profissionalismo

 

João Roberto do Amaral Junior

Engenheiro agrônomo, consultor e assistente técnico do Grupo Andrade de Monte Mor e Sumaré (SP)

Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

O plantio de tomate no Brasil é feito o ano todo, sendo que cada região tem suas épocas em que a cultura se adapta melhor, embora muitos produtores plantem em períodos menos favoráveis, tentando pegar janelas de oferta.

Critérios para a escolha do híbrido ideal

Para a escolha do melhor híbrido de tomate, primeiramente o produtor deve avaliar a aceitação do comprador. Depois, optar por híbridos que se adaptem melhor à região, com resistência a doenças, nematoides e outras que se manifestam na região ou até na área a instalar a cultura.

Quando não existir materiais resistentes, analisar a necessidade de enxerto com as mesmas.

Preparo de solo

O preparo de solo para o plantio de tomate deve ser de acordo com o tipo de estrutura de perfile topografia, para propiciar um ótimo desenvolvimento das raízes. Há áreas que utilizam equipamentos para cultivo mínimo e outras que necessitam de um revolvimento maior do solo.

Espaçamento

O espaçamento depende de vários fatores, como tipo e equipamento de pulverização (manual, tratorizado, tratorizado com atomizadores, tratorizado com pingentes, autopropelido com plataforma que passa por cima do estaqueamento e com pingente, etc.).

Existe estaqueamento em pé com fila única ou fila dupla, em “V“ invertido. Na fila única, recomenda-se de 1,30 a 1,50 m entrelinhas e o espaçamento entre plantas na linha de 0,30 a 0,60 m, dependendo da cultivar e do calibre de frutos desejados. As linhas duplas sã feitas de 0,60 m a 1,20 m, dependendo do sistema de tutoramento, com 0,50 a 80 cm entre plantas na linha.

Novidades

O uso de fitilhos de material virgem com proteção UV está sendo utilizado por vários produtores de tomate tutorado. Os pontos positivos são o menor volume de materiais a serem movimentados de um lote para o próximo que vai usar os mesmos mourões.

A técnica diminui a disseminação de doenças de uma área para outra, as quais muitas vezes ficam na terra do “˜oco’ do bambu. Alguns produtores não gostam do sistema de fitilho em regiões de muito vento, por causar injúrias no tronco e nos frutos, embora boa parte dessas injúrias sejam causadas pela fricção das folhas nos frutos.

Alternativa

Outra alternativa, que já era utilizada anteriormente, são as varas de bambu e amarrio com fitilho reciclado. Hoje,estão sendo comercializadas estacas de plástico resistente e fibra de vidro, com custo inicial alto e com apelo de venda de alta durabilidade, o que pode viabilizar com o tempo.

Irrigação

As novas tecnologias na condução da lavoura de tomate têm feito a diferença no resultado final - Crédito Luize Hess
As novas tecnologias na condução da lavoura de tomate têm feito a diferença no resultado final – Crédito Luize Hess

Nos últimos anos, devido à escassez de água, houve um aumento de áreas com irrigação localizada, monitoramento do uso da água e alguns casos em que se introduziu o uso de cobertura do solo com plástico, ou seja, mulching.

Tal material traz, além da diminuição do uso de água, quando bem manejado, redução do uso de fertilizantes, herbicidas e diminuição da compactação do solo do canteiro. Tem o custo que pode ser amortizado pelas economias e aumento de produtividade.

Alguns produtores também têm feito investimento em encanteiradoras e aplicador de mulching (em áreas maiores) e nas áreas menores pode-se aplicar manualmente.

A técnica tem auxiliado no manejo de pragas e doenças, e ajudado a aplicar os defensivos nas épocas corretas, evitando intensividades de aplicações na colheita e implantação de uso de inimigos naturais, microrganismos para controle de doenças e pragas.

O uso de inimigos naturais necessita de manejo de pragas para ser mais eficiente e maiores parcerias de estudo das empresas com os produtores, mas, com as análises de resíduos nos pontos de venda pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e divulgação desses resultados na mídia, a tendência tem sido o crescimento desse controle.

Para evitar ser punido, o produtor tem que manejar corretamente as aplicações.

Essa matéria você encontra na edição de fevereiro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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