Com relação às cooperativas que atuam no setor lácteo, a atenção deve ser redobrada pelo alto grau de perecividade dos produtos. Caso não recebam os devidos cuidados, as cooperativas podem sofrer perdas. A captação e a distribuição ainda não foram afetadas e o setor ainda não sente grandes impactos da atual crise. A consultoria Cogo afirma que a disputa entre as indústrias lácteas vem sustentando as cotações ao produtor em altos patamares durante o trimestre. A previsão é de uma nova elevação nos preços pagos ao produtor em decorrência dessa disputa. Contudo, os derivados como iogurtes e queijos devem sofrer retração no consumo devido ao isolamento social das pessoas e a estimativa é de perda de empregos. Um levantamento feito pelo Sistema Ocemg junto às cooperativas do setor leiteiro em Minas Gerais, identificou que muitas cooperativas estão redirecionando o leite captado para a produção de leite UHT e leite em pó. As grandes indústrias lácteas são responsáveis, em sua maioria, pela captação do leite dos grandes produtores e registram um volume maior. Porém, são as cooperativas que, na maioria dos casos, atendem a um maior número de produtores, garantindo o escoamento de sua produção e a continuidade e sobrevivência de seu negócio. Vale destacar que Minas Gerais é o Estado que mais produz leite no Brasil. Dados do IBGE apontam que o volume de leite adquirido em Minas em 2019 superou 6,25 bilhões de litros, representando 25% da captação de leite no Brasil. De cada 10 litros de leite captados no país, 2,5 litros foram produzidos em território mineiro. O Estado possui 91 cooperativas que trabalham com o leite, seja na captação, industrialização ou venda do produto e seus derivados.
Fonte: Gerência de Desenvolvimento e Monitoramento de Cooperativas.