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Principais doenças dos morangueiros

Mário Calvino Palombini

Consultor da Vermelho Natural

vermelhonatural@hotmail.com

Crédito Hélcio Costa
Crédito Hélcio Costa

A cultura do morangueiro possui vastas e distintas pragas e doenças, atuando no solo e na parte aérea.Em relação a doenças e pragas que atuam no solo, existe uma vasta gama de patógenos, destacando a Phytophthora e os nematoides.

A Phytophthora possui seu desenvolvimento favorecido por solos úmidos e temperaturas altas. Seu ataque atinge a coroa da planta, causando o atrofiamento e posteriormente sua morte. Também pode atacar os frutos, causando uma necrose escura de consistência dura.

Seu controle compreende a esterilização do solo antes do plantio ou a implantação de sistemas fora de solo em substrato inerte. Mas pode ser amenizado com tratamentos químicos, fosfitos ou Trichoderma.

Os nematoides causam a formação de galhas nas raízes, a redução no crescimento, amarelecimento e murchas temporária de folhas, com redução de produtividade. Alguns nematoides também podem atacar brotos e folhas. Neste caso, os principais sintomas são folhas pequenas, deformadas e de coloração verde-escura, planta enfezada, com mínima ou nula produção de frutos. Seus danos podem ser tratados com utilização de tratamentos químicos e Trichoderma.

Sintoma de ácaro rajado - Crédito Alexandre Pinho de Moura
Sintoma de ácaro rajado – Crédito Alexandre Pinho de Moura

Uma a uma

As doenças e pragas que atuam na parte aérea podem ser divididas nas que atuam nas folhas, nas folhas e frutos, em frutos, na planta e nas flores.

Dentre as doenças que atuam nas folhas podemos citar a Mycospherella, que causa pequenas lesões de cor branca, circundada por um alo avermelhado. Em pequena quantidade não causam dano econômico, mas em grande quantidade provoca o amarelecimento da folha e sua senescência precoce, prejudicando o desenvolvimento da planta.

Sua disseminação depende do impacto da gota sobre a folha, e o controle ocorre com tratamentos químicos e técnicas que reduzem do impacto da gota na folha.Como pragas que atuam nas folhas, as principais são os ácaros, principalmente o ácaro rajado e a mosca-branca.

O ácaro rajado atua na parte inferior da folha, possui o sistema bucal raspador/sugador que causa danos, rompendo a epiderme das folhas, sugando o seu conteúdo, provocando o bronzeamento da folha e, desta forma, prejudicando o desenvolvimento da planta.

Seu controle ocorre com a utilização de tratamentos químicos e ácaros predadores.

Sintomas de oídio nas folhas - Crédito Hélcio Costa
Sintomas de oídio nas folhas – Crédito Hélcio Costa

Uma leva à outra

A mosca-branca pode ser um transmissor de viroses e promotor do surgimento de fumagina, fungo que se reproduz na superfície da planta, formando uma película de cor preta.

A cultura do morangueiro não é preferencial para o ataque da mosca-branca. Geralmente surge devido à proximidade de outras culturas suscetíveis, como o tomateiro. Seu controle ocorre por tratamentos químicos.

Sintomas de antracnose na lavoura de morango - Crédito Hélcio Costa
Sintomas de antracnose na lavoura de morango – Crédito Hélcio Costa

Oídioe antracnose

As doenças mais comuns que atuam nas folhas e frutos são o oídio e a antracnose.Os sintomas iniciais do oídio ocorrem com o surgimento na parte inferior da folha de micélios brancos e superficiais. A massa de micélio toma conta da folha que tende a curvar as bordas para cima.

Com o decorrer do tempo surge necrose de coloração vermelho escuro nos pontos onde o oídio se desenvolveu. Nos frutos, os micélios rompem a epiderme dos frutos quando maduros, deixando-os com aspecto esbranquiçado.

O oídio possui um comportamento diferente dos outros fungos. Sua dispersão ocorre pelo vento e com baixa umidade relativa, entre 75 a 99%. A presença de água de condensação provoca a morte dos conídios, características que o tornam um sério problema em ambientes protegidos.

O processo de infecção é extremamente rápido. Conídios vivem pouco tempo (quatro a seis horas em condições ótimas), e após germinar a incubação é de 12 a 24 horas. É uma doença oportunista, e sua infecção ocorre em tecidos tenros, podendo ser agravada por adubações com alta dose de nitrogênio.

O controle se dá por tratamentos químicos, Bacillussubtilis e amyloliquefacies.

 

Manejo-é-essencial-para-garantir-lavoura-sadia-Crédito-Jorge-Barcelos
Manejo-é-essencial-para-garantir-lavoura-sadia-Crédito-Jorge-Barcelos

Antracnose

A antracnose pode ser de dois tipos, Colletotrichumacutatum, que ataca frutos e ramos, e Colletotrichumfragariae, que ataca o rizoma.Quando o Colletotrichumacutatum ataca a haste, ele causa lesões de coloração escuro-preto, alongadas, que tendem a afetar toda a circunferência e causar uma espécie de estrangulamento, enquanto as lesões causam a morte do corpo afetado.

No fruto notam-se lesões de coloração vermelho escuro, aprofundadas, arredondadas e firmes. Ocorre em períodos quentes, úmidos e chuvosos, com temperatura ideal de 24°C. A disseminação ocorre pelo impacto da gota da chuva.

Essa matéria completa você encontra na edição de maio de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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