No Brasil, esta fruta é consumida preferencialmente fresca, mas sua industrialização, por meio do aproveitamento integral do fruto, oferece extensa gama de produtos e subprodutos, que podem ser utilizados na indústria de alimentos, têxtil, farmacêutica e de ração animal
Cerca de 30,5 mil hectares de mamão são plantados no Brasil, segundo a Embrapa. Contudo, a área vem caindo devido a problemas com doenças e estiagem.
As cultivares de mamão mais produzidas são:
ð Grupo Solo: variedades Aliança, Golden, THB, BS e BS 2000.
ðGrupo Formosa: Tainung Nº 1, Tainung Nº 2 e Calimosa.
Quantoao volume produzido, chegou a aproximadamente 1,5 milhão de toneladas. A quantidade produzida vem decrescendo devido aos problemas relatados anteriormente.
De 2011 a 2015 a produção nacional (em toneladas) foi de 1,85 milhão (2011); 1,52 milhão (2012); 1,58 milhão (2013); 1,60 milhão (2014) e 1,46 milhão (2015).
Pelo Brasil afora
As principais regiões produtoras são nordeste (940 mil toneladas em 2015, com a Bahia produzindo 723,6 mil toneladas) e sudeste (458 mil toneladas em 2015, com o Espírito Santo produzindo 361,3 mil toneladas). Juntas, estas regiões respondem por pouco mais de 95% da produção de mamão no Brasil (2011 a 2015).
O Brasil exporta menos de 3% da sua produção de mamão, destinada, sobretudo, Ã União Europeia. No mercado interno, o produto é consumido em todo o País, sendo a maior parte da produção direcionada aos centros de distribuição das regiões sudeste e nordeste.
Oferta e demanda
Segundo a Embrapa Mandioca e Fruticultura, tanto a oferta quanto a demanda do mamão são bastante cÃclicos: em uma semana o preço pode estar alto e bastante vantajoso ao produtor, como pode despencar e obrigar o produtor a não colher (pois o custo seria ainda maior), resultando em frutas não colhidas que despencam e apodrecem no chão. Esta oscilação tem levado vários produtores a irem substituindo, gradativamente, suas áreas de mamão por, sobretudo, café, o que afeta a oferta futura do mamão (que depende do preço que o mercado está disposto a pagar pela fruta).
Investimento
Confira os investimentos em cada grupo de produção de mamão:
â–º Grupo Formosa (por hectare): cultura irrigada, varia entre R$ 50.000,00 a R$ 75.000,00 por hectare (vida útil do pomar de dois a três anos), a depender da microrregião (dos Estados da BA ou ES).
â–º Grupo Solo (por hectare): cultura irrigada, varia entre R$ 45.000,00 a R$ 80.000,00 por hectare (vida útil do pomar de três anos), a depender da microrregião (dos Estados da BA ou ES).
Rentabilidade
A rentabilidade depende do custo unitário por quilo (ou tonelada) ““ ou seja, o quanto cada quilo ou tonelada custou para ser produzida – e o preço pago ao produtor pelo mercado por este peso.
Por exemplo, se o preço pago ao produtor de mamão Tainung Nº 1 for R$ 0,60/kg (ou R$ 600,00/ton), e este mesmo produtor gastou (com insumos, irrigação, preparo do solo e plantio, tratos culturais e fitossanitários, colheita, dentre outros, distribuídos ao longo dos três anos de vida útil do pomar), R$ 334,05/ton (aproximadamente R$ 0,33 a R$ 0,34/kg), o mesmo teria uma relação benefÃcio/custo entre R$ 1,70 a R$ 1,90 (a depender da produtividade alcançada ao longo da vida útil do pomar), ou seja, para cada R$ 1,00 “˜investido’ no negócio, tem-se R$ 1,70 a R$ 1,90 de benefÃcio.
Para ter rentabilidade, fato é que o preço recebido pelo produtor (por quilo ou tonelada) não pode estar aquém do custo deste quilo ou tonelada.
Preço médio (R$/kg) do mamão nos entrepostos selecionados
Fonte: Conab
De acordo com a Conab, em relação ao volume comercializado, houve alta em todos os mercados, invertendo a dinâmica do mês anterior: Ceagesp/ETSP (14,67%),CeasaMinas (10,43%), Ceasa/ES (6,94%), Ceasa/PR (12,37%), Ceasa/DF(9,95%), Ceasa/CE (17,80%) e Ceasa/PE (16,37%).
Em relação a maio de2016, a tendência foi de alta para todos os mercados, o que mostra o impactoda quebra de safra no ano passado, por conta da seca que assolou osprincipais Estados produtores.
Repetindo o bimestre anterior, a produção está em alta e os preços com tendência de baixa. Isso aconteceu por conta da maior produtividade e maturação das frutas nas regiões produtoras (exceto no polo potiguar), provocando a colheita antecipada, seja da variante papaya ou formosa. Esse alto montante da fruta (principalmente de mamão papaya) e a demanda menor em diversas regiões, também por influência da crise econômica, provocaram perdas aos produtores, pois as frutas ficaram excessivamente maduras.