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Produção de mudas de graviola por enxertia

Luís Paulo Benetti Mantoan

Doutorando em Ciências Biológicas/Fisiologia Vegetal ““ UNESP – Botucatu

Carla Verônica Corrêa

Doutoranda em Agronomia/Fisiologia Vegetal ““ UNESP ““ Botucatu

cvcorrea1509@gmail.com

Créditos Internet

A gravioleira, até então, era exclusivamente propagada por meio de sementes, pois não havia técnicas para produção de mudas por enxertia ou por meio de enraizamento de estacas.

A propagação de forma sexuada, ou seja, por meio de sementes, atualmente não é aconselhável, uma vez que a recombinação genética possibilita a obtenção de plantas diferentes daquelas que lhe deram origem.

Esse sistema de propagação resulta em pomares desuniformes, o que dificulta a colheita, os tratos culturais e a padronização de frutos. Outro aspecto negativo corresponde à produção mais tardiamente, devido ao período juvenil.

No entanto, quando multiplicada vegetativamente, as plantas são uniformes, de menor porte, com produção mais precoce devido à redução da fase juvenil e produção de frutos de melhor qualidade. Assim, a produção de mudas de graviola é feita utilizando-se métodos de propagação vegetativa, ou seja, que usam partes da planta com capacidade de regeneração, obtendo clones que são geneticamente idênticos à planta matriz.

 

As mudas

 

Os critérios a serem adotados para a escolha de mudas são:

†Qualidade nutricional: as mudas não devem apresentar sintomas de desequilíbrio nutricional;

†Qualidade fitopatológica: as mudas não devem apresentar sintomas de doenças;

†Ausência de pragas;

†Boa relação da parte aérea e raízes;

†Mudas jovens;

†Excelente formação radicular;

†Alerta: cuidado com mudas velhas e com o sistema radicular apresentando alterações, como por exemplo, raízes velhas e enroladas. Essas mudas não conseguirão se desenvolver adequadamente no campo.

O produtor sempre deve escolher mudas sadias, produzidas em viveiros profissionais, ou ter o máximo cuidado na hora de produzir suas próprias mudas. A durabilidade e produtividade de um pomar dependerão muito da qualidade das mudas.

Ainda, as mudas devem apresentar tamanho entre 50 e 70 cm de altura, com parte aérea vigorosa e ausência de pragas e doenças. Devem apresentar-se sadias, sem sintomas de doenças e ataque de pragas. Além disso, devem estar bem nutridas, ou seja, sem sintomas de excesso ou carência nutricional. O sistema radicular deve estar bem desenvolvido, ou seja, distribuído em toda a extensão do substrato empregado.

 

Cuidados

O primeiro cuidado é em relação à escolha do porta-enxerto, que deve levar em consideração as condições edafoclimáticas do local onde o pomar será instalado. Além disso, os porta-enxertos devem possibilitar resistência às principais pragas e doenças.

Após a escolha do porta-enxerto, deve-se realizar a enxertia com maior cuidado, para obter sucesso no processo. As mudas devem receber água e nutrientes de forma a evitar falta ou excesso, e dessa forma, reduzir fatores estressantes que reduzam a qualidade dessa muda. Além disso, realizar manejo fitossanitário para evitar o aparecimento e o desenvolvimento de pragas e doenças.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro  de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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