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Produção integrada de café: O caminho do futuro

Autor

Givago Coutinho
Doutor em Fruticultura e professor efetivo do Centro Universitário de Goiatuba – UniCerrado givago_agro@hotmail.com
Fotos: Shutterstock

O Brasil sempre foi conhecido por seu parque cafeeiro e seu potencial produtivo da cultura. De acordo com a FAO (2020), o Brasil foi o maior produtor mundial de café nos anos de 2017 e 2018, com 2.684.508 e 3.556.638 toneladas, respectivamente, seguido pelo Vietnã, que ocupou a segunda posição nos anos em questão, com 1.542.398 e 1.616.307 ton, respectivamente.

Em 2017, a Colômbia ocupou a terceira posição no ranking (760.209 ton), seguida pela Indonésia (668.677 ton) e Honduras (473.718 ton). Já em 2018, a Indonésia ocupou a terceira posição, com 722.461 toneladas produzidas, seguida pela Colômbia (720.634 ton) e Honduras (481.053 ton). Esse sucesso produtivo se deve, em parte, às condições climáticas favoráveis, novas cultivares mais produtivas e disponíveis e a introdução de novas tecnologias no setor.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2017), a cafeicultura brasileira ocupa uma diversidade de regiões com climas, relevos, altitudes e latitudes distintas. Assim o País produz tipos variados de grãos, o que possibilita atender às diferentes demandas de paladar e preços dos consumidores brasileiros e estrangeiros.

Neste sentido, salienta-se que, além da qualidade, a cafeicultura brasileira é, no mundo, uma das mais atentas às questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção sustentável de café.

Assim, a Produção Integrada, ou simplesmente PI, vem atender mercados cada vez mais exigentes em qualidade e segurança no consumo, com cafés que apresentam garantias quanto ao sistema de produção e produtos certificados, o que gera alto valor agregado e representatividade cada vez maior da produção brasileira no mercado exterior.

A Produção Integrada

O sistema de Produção Integrada consiste na adequação do sistema produtivo visando à obtenção de produtos vegetais e de origem vegetal de qualidade, preconizando níveis de resíduos de agrotóxicos e contaminantes em conformidade com o que estabelece a legislação sanitária.

Neste sentido, busca-se a adoção das boas práticas agrícolas (BPA’s), evitando a utilização de insumos que podem levar à poluição e favorecendo o uso de recursos naturais, garantindo assim a sustentabilidade da produção e a rastreabilidade da produção agrícola, por meio da certificação pelo selo oficial “Brasil Certificado” .

O principal objetivo da PI é buscar oferecer produtos que sejam seguros para a saúde, tanto humana quanto animal, atendendo também as crescentes demandas do mercado com critérios que levam em conta: higiene, conservação ambiental, uso racional de insumos e medicamentos veterinários, sempre respeitando períodos de carência e limites de segurança.

Benefícios proporcionados

Na PI, os ganhos são para todos, tanto produtores quanto consumidores. Para o produtor, este sistema de produção reduz dos custos de produção promovendo aumento da rentabilidade.

Para consumidores, além da garantia de produto diferenciado no mercado, é possível a aquisição de um alimento seguro, com rastreabilidade, ou seja, cuja origem é conhecida e em conformidade com as Boas Práticas Agrícolas na produção, promovendo o desenvolvimento sustentável na produção de alimentos e proteção ao meio ambiente.

Alguns dos resultados obtidos na PI são:

þ Menor impacto ambiental;

þ Redução do consumo de água e energia;

þ Redução no uso de fertilizantes;

þ Redução no uso de agroquímicos;

þ Aumento da produtividade;

þ Redução no custo de produção;

þ Responsabilidade social.

Manejo

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