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Produção nacional de limão

Gabriel Vicente Bitencourt de Almeida

Engenheiro agrônomo, doutor e pesquisador da Ceagesp

galmeida@ceagesp.gov.br

Crédito Schutterstock
Crédito Schutterstock

Várias espécies do gênero Citrus são conhecidas como “limão“ no mercado nacional. Em comum elas possuem o sabor marcadamente ácido, quase sem a percepção do gosto doce pela língua humana. Os frutos são usados para “limonadas“, drinks alcoólicos e também de diversos modos nas culinárias doce e salgada.

 O limão mais tradicional pertence à espécie Citruslimon, conhecido como limão verdadeiro ou Siciliano. Na verdade, esta última denominação é originalmente de uma cultivar pouco cultivada da espécie, mas que acabou se generalizando como sinônimo de limão verdadeiro.

São frutos de casca amarela, oblongos, relativamente grandes e com aroma bastante característico e agradável. No Brasil o consumo ainda é pequeno, mas tem crescido rapidamente em função da crescente valorização da gastronomia, já que o produto é muito usado em receitas de todos os países mediterrâneos. O Siciliano se adapta melhor à produção em clima subtropical ou mediterrâneo.

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Disparadamente, a fruta mais conhecida como limão no mercado brasileiro é a lima ácida “˜Tahiti’, pertencente à espécie Citruslatifolia. São frutos esféricos, verdes, de tamanho médio, sem sementes e que se adaptam muito bem ao cultivo em clima tropical. Apesar de todos os órgãos de estatística, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ““ IBGE e os diversos institutos estaduais de economia agrícola não fazerem distinção entre os limões nos seus levantamentos estatísticos, podemos supor, a partir dos dados da CEAGESP de São Paulo, que mais de 95% dos limões produzidos no Brasil sejam da lima ácidaTahiti.

Com muito menor importância há a comercialização de outra lima ácida, conhecida como limão Galego (Citrusaurantifolia) e o limão Cravo ou Rosa (Citruslimonia), quase sem relevância no mercado de frutas frescas, mas importantíssimo como porta-enxerto.

O Estado de São Paulo é o grande produtor de Tahiti, com quase 70% do total nacional, seguido por Minas Gerais e Bahia, conforme mostram os dados das tabelas a seguir:

Produção de limão no Brasil (toneladas)

Nova ImagemFonte: IBGE

E dentro dos Estados de São Paulo e Minas Gerais também ocorre uma grande especialização e concentração regional:

Produção de limão, por microrregião, no Estado de São Paulo (toneladas)

 Nova Imagem (1) 

 Fonte: IBGE

Produção de limão, por microrregião, no Estado de Minas Gerais (toneladas)

Nova Imagem (2)
Fonte: IBGE

A grande concentração da produção mineira nas microrregiões de Janaúba e Januária acontece por causa do grande projeto de irrigação do Jaíba. Este projeto abrange dois municípios, Jaíba e Matias Cardoso que, embora vizinhos, estão em microrregiões separadas. Jaíba está na microrregião de Janaúba e Matias Cardoso na de Januária.

Oferta de limão

Crédito Shutterstock
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Constata-se que a CEAGESP de São Paulo comercializa anualmente por volta de 8% da produção brasileira e mais de 45% do que é transacionado nas centrais brasileiras monitoradas pelo PROHORT.

Portanto, o entreposto de São Paulo é o maior local de comercialização de limão no Brasil. E a partir dos dados pelos levantados pela Seção de Economia e Desenvolvimento ““ SEDES da CEAGESP, pode-se chegar a algumas conclusões a respeito da comercialização do limão Tahiti.

O limão Tahiti apresenta uma oferta bastante constante no entreposto, porém, os preços variam enormemente ao longo do ano. De uma maneira bastante simplificada isto acontece porque devido aos diversos usos da fruta, sempre há demanda, que naturalmente aumenta nos períodos mais quentes,quando se consome mais limonada, caipirinha e seus similares.

Essa matéria completa você encontra na edição de maio 2016  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

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