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Produtor aposta em pimenta-do-reino e tem sucesso

Pedro Bonomo, produtor de pimenta-do-reino, no município de Jaguaré (SP)
Pedro Bonomo, produtor de pimenta-do-reino, no município de Jaguaré (SP)

Pedro Bonomo é produtor de eucalipto, café conilon e pimenta-do-reino. De café conilon a produção é de 10 hectares, de eucalipto são 23 hectares e de pimenta recém-plantada são 1,5 hectare, e em manutenção 5,8 hectares.

A produção acontece no município de Jaguaré (ES), há 30 anos, no Sítio Paraíso, e foiiniciada pelo gosto pela cultura e por sua rentabilidade na época, que está melhor atualmente. “O preço da pimenta-do-reino está elevado como nunca esteve“, garante o produtor.

Cada pé de pimenta-do-reino de Pedro produz até quatro quilos depimenta seca. Ele explica que, depois de plantada, a pimenta-do-reino dá seus primeiros frutos após 1,5 ano. Mas, por ser uma planta que exige replantio constante (a cada três anos), se o produtor tiver a intenção de manter 10 mil pés de pimenta com frequência, ano a ano a lavoura ter que ser reconstituída.

Por hectare Pedro adotou 1.700 plantas de pimenta-do-reino no espaçamento de 3 x 2m (3 metros de rua e 2 metros entre pés). “Nossa região requer bastante cuidado com nematoides, que ainda abre as portas para o fusarium e mata a planta por completo.Para driblar esse problema, temos recebido na propriedade estudantes que realizam experimentos a fim de uma solução. O produto utilizado apresentou ótimo desempenho, mas ainda aguarda aprovação do Ministério da Agricultura“, relata.

Pedro faz uso da fertirrigação em sua cultura,que acontece a cada 15 dias via gotejamento. O investimento na implantação do gotejamento foi de R$ 7 mil por hectare, sendo que o produtor se mostra satisfeito com os resultados.

O custo de produção médio da pimenta-do-reino tem sido de R$ 8,00 a R$ 10,00 por quilo seco.Pedro diz não ter dificuldades para comercializar a sua produção, pois o que mais tem na região é comprador de pimenta.

Beneficiamento

 

Antes de entregar para o comprador, Pedro, logo após tirar a pimenta-do-reino do pé, debulha os pequenos grãos, passa pelo secador, ensaca, pesa e manda com 12,5 a 13% de umidade.

A pimenta com arbitragem de 570 gramas é considerada de primeira, e a de Pedro tem 640 gramas. Ele conta que a parte do beneficiamento é terceirizada pelo produtor.

Novidades

Franco Cosme, que trabalha com Pedro, diz que enfrentou problemas com resíduos na pimenta, e por isso encontrou como solução produtos biológicos à base de trichoderma, principalmente contra nematoide e fusariose.

Em virtude da seca prolongada que o Estado do Espírito Santo sofreu nos meses de novembro e dezembro, provavelmente a colheita que normalmente acontece no mês de abril não será possível na região. “A safra vai acontecer, mas atrasada, mesmo a produção sendo irrigada. A seca na região vai castigar muito“, prevê Franco.

A falta de água vai interferir na qualidade colhida e no momento de colher, sem afetar a qualidade da produção.

 Lavoura de pimenta-do-reino com sintoma de fusarium - Crédito FRANCO COSME
Lavoura de pimenta-do-reino com sintoma de fusarium – Crédito FRANCO COSME

Preço no campo

Os atravessadores ou corretores de pimenta-do-reino do interior paulista pagam, por quilo de pimenta seca, em torno de R$ 24,00 a R$ 28,00, de acordo com a qualidade. Por este valor, Pedro se mostra satisfeito com a margem de lucro.

Essa é parte da matéria de capa da revista Campo & Negócios Hortifrúti, edição de fevereiro 2016. Adquira a sua para leitura completa.

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