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Produtores apostam em milho de alta produtividade

 

Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

A produtividade média brasileira de milho é baixa, em torno de quatro mil quilos por hectare. Analisando os agricultores mais tecnificados, Geraldo Ferreira Gontijo Neto, engenheiro agrônomo e consultor técnico nas culturas de grãos no Sul de Minas, observa que existem duas realidades. “O milho de segunda safra tem o potencial de produção menor e contribui para diminuir a produtividade média nacional. Normalmente são materiais com potencial produtivo de 120 a 130 sacas por hectare. A realidade do milho verão é diferente, com potencial de produção acima de 180 sacas. No caso dos produtores mais tecnificados, e dependendo das regiões, há casos de até mais de 250 sacas por hectare“, pontua.

Pelo comentário do especialista nota-se, portanto, que existe uma divisão temporal e geográfica quanto a essas produtividades.

Entre um e outro

O milho verão com melhores condições de produtividade é cultivado em regiões acima de 700 metros de altitude. São materiais plantados principalmente em Minas Gerais, nos Estados do Sul, Goiás e Oeste da Bahia.

Já o milho safrinha é cultivado em regiões que têm um bom potencial de produção mesmo após o mês de janeiro. “Quando falamos de produtividade média do País, a realidade produtiva do milho está muito longe do que é o potencial produtivo da cultura. Considerando a safrinha, uma boa produtividade média do Brasil deveria ser em torno de sete mil quilos por hectare, que equivalem à produtividade acima de 120 sacas, algo que seria excepcional, apesar de existirem produtividades médias comerciais maiores“, avalia Geraldo Ferreira.

Melhoramento genético

Os materiais de milho disponíveis atualmente possuem variados níveis de resistência àspragas, doenças e produtividade. Há aquelas preferidos pelo produtor pordemonstraremboa estabilidade de produção, entregando uma boa produtividade, mesmo em anos desfavoráveis. Geralmente são materiais em que as plantas possuem uma maior capacidade compensatória.

Tendência

Segundo o agrônomo, há uma tendência dos produtores aumentarem a adoção de materiais de ciclo mais precoce em algumas regiões do País. “Não que o produtor vá posicionar toda a sua área com um híbrido superprecoce, mas existe uma tendência de aumentar a proporção do uso desses materiais. Isso porque são materiais muito responsivos à tecnologia, possuem bom potencial de produção e permitem o produtor antecipar sua janela de colheita na safra de verão, favorecendo o cultivo de uma segunda safra, como é o caso do feijão. Essa é uma rotação comum no Sul de Minas“, informa.

Mas, infelizmente, tem-se notado a perda da tecnologia, algumas vezes devido à não adoção da área de refúgio, fundamental para preservar os materiais transgênicos. “Em safras anteriores, por outro lado, não havia muita disponibilidade de sementes convencionais para fazer refúgio“, expõe Geraldo Ferreira.

Custo

O custo de transgenia é superior ao das cultivares convencionais. Nesta safra, por exemplo, algumas opções de semente chegaram a custar mais de R$ 1.000 por hectare. “Mas, de uma maneira geral, a transgenia quando funciona, oferece comodidade, garantindo que não haverá a perda da produção em condições em que o controle químico convencional não é aplicado da melhor maneira“, pondera o agrônomo e consultor.

As condições às quais o agrônomo se refere são efeitos climáticos que impedem algumas operações, refletindo em perda de rendimento da lavoura. Mas, com as tecnologias transgênicas em campo, a lavoura fica mais segura e protegida, de acordo com ele.

O outro lado da moeda

 “O produtor tende a escolher o híbrido que vai plantar levando em consideração, principalmente, a produtividade do material, a não ser que ele tenha condições excepcionais, as quais o obrigam a privilegiar outras características. Mas a produtividade é a prioridade dele. Se ele sabe que tem uma área de alta pressão de determinadas doenças ele tem que buscar híbridos que tragam o melhor controle desses patógenos“, aconselha.

Híbridos ainda são a melhor opção

Não existe a menor possibilidade de se plantar milho sem que seja híbrido, na opinião de Geraldo Ferreira. “Isso em função da característica genética da planta, pois o milho é uma planta de polinização aberta. O milho de variedade crioula, por exemplo, tem uma população de planta heterozigótica com diferentes perfis em uma mesma lavoura“, explica.

Essa matéria completa você encontra na edição de dezembro 2016 da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira já a sua para leitura integral.

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