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Produtores de abacaxi apostam em novo modelo de cultivo

Talita de Santana Matos

Elisamara Caldeira do Nascimento

Doutoras em Agronomia – UFRRJ

Glaucio da Cruz Genuncio

Professor de Fruticultura ““ UFMT

glauciogenuncio@gmail.com

 

Crédito Ricardo Suzuki
Crédito Ricardo Suzuki

Produtores de abacaxi incentivados por bons resultados de pesquisas desenvolvidas por instituições de pesquisa e extensão têm adotado o sistema de plantio em mulching. Estes agricultores têm colhido frutas pesando 300 gramas a mais, além de reduzir o ciclo da cultura em cerca de dois meses e terem todos os benefícios citados anteriormente.

Além disso, quando se emprega mais de uma tecnologia ao sistema de produção os ganhos são ainda maiores. É o que ocorre quando se faz a adubação com nutrientes de liberação lenta, pois, depois de colocado o mulching e realizado o plantio, os tratos culturais são mínimos até a colheita, lembrando que o ciclo do abacaxi é de pelo menos um ano.

Obstáculos

Apesar das vantagens, muitos produtores têm dificuldade de aplicação e, principalmente, de retirada do material após a colheita. Contudo, estes entraves podem ser minimizados com o auxílio de máquina específica para colocação destes plásticos e observando a qualidade do material adquirido.

Isto se deveao fato de que algumas empresas não oferecem ao mercado produtos adequados normalizados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e em processo conduzido pelo Cobapla e INP (Instituto Nacional do Plástico).

Hoje o plástico deve ser retirado e, preferencialmente, reciclado. Se ele tiver uma qualidade mínima, com espessura adequada e dentro do tempo de vida útil previsto, então será recolhido sem se fragmentar. Existem pesquisas visando tornar o plástico degradável no solo, sem agredir o meio ambiente e sem deixar resíduos.

Atualmente, existe no mercado uma vasta gama de filmes com diferentes características e, muitas vezes, desenhados com maior complexidade para atender as necessidades específicas de determinadas culturas. Entre os tipos de plástico disponíveis no mercado, o polietileno é o mais utilizado no mundo e também na agricultura, divididos em polietileno de baixa densidade (PEBD), linear baixa densidade (PELBDL) e alta densidade (PEAD).

A comercialização de filmes de qualidade ruim, tanto para cobertura de estufas como de solo, denegriu a técnica e manchou por muito tempo a imagem do uso de plásticos na agricultura.

No caso do mulching, a proliferação de filmes processados com material reciclado, além de não conferir ao agricultor os benefícios esperados, dificultou a disseminação de avanços tecnológicos. O esforço para reverter esse quadro fez com que, a partir de 2008, as produções de filmes agrícolas para cobertura de estufas e de solo seguissem o padrão de certificação estabelecido por normas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Custo

Segundo dados da Emater-MG o investimento inicial é de R$ 2.500 por hectare de abacaxi plantado. Apesar de alto, o percentual de perda cai de 30%, no método convencional, para no máximo 5,0%, com a técnica, e o lucro médio com a tecnologia é de 20%.

Essa matéria você encontra na edição de abril 2018  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua.

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