17.5 C
Nova Iorque
sábado, setembro 21, 2024
Início Revistas Hortifrúti Pulgão no tomateiro exige controle efetivo

Pulgão no tomateiro exige controle efetivo

Laila de Carvalho Henrique

Graduanda em Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) ““ CSL e coordenadora de Ensino e Extensão – Gefit

lailah94@gmail.com

Fernanda Alves Gomes

Assistente de Ensino e Extensão – GEFIT UFSJ-CSL

 Crédito Hélcio Costa
Crédito Hélcio Costa

O pulgão está entre as mais devastadoras pragas na lavoura de tomate. Estes insetos atacam as folhas e ramos novos, sugando a seiva e tendo como consequência a deformação das folhas. Além dos danos diretos, os pulgões são vetores de doenças viróticas,como o vírus Y, topo amarelo, amarelobaixeiro e mosaico comum.

Os pulgões podem atacar o tomateiro durante todo o seu ciclo e ocorrem em grandes colônias na face inferior das folhas, nas brotações e nas flores. A sucção contínua de seiva, tanto por adultos como por ninfas, provoca definhamento de mudas e plantas jovens e o encarquilhamento das folhas, dos brotos e dos ramos.

Quanto mais alta for a temperatura, mais rápido se desenvolvem as ninfas do pulgão. A temperatura ótima de desenvolvimento das ninfas vai de 10ºC a 35ºC e, em temperaturas acima ou abaixo desses limites, as ninfas interrompem o desenvolvimento.

Manejo Integrado de Pragas

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma filosofia que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, pelo uso integrado de todas as técnicas de combate possíveis, selecionadas com base nos parâmetros econômicos, ecológicos e sociológicos.

Visa manter o nível populacional dos insetos numa condição abaixo do nível de dano econômico, por meio da utilização simultânea de diferentes técnicas ou táticas de controle, de forma econômica e harmoniosa com o ambiente.

Com essas premissas, o MIP pode contribuir efetivamente para a manutenção dos inimigos naturais das pragas nos agroecossistemas, a redução dos riscos de poluição ambiental, a produção de alimentos mais seguros e a redução do custo de produção, principalmente pela redução de uso dos agrotóxicos.

Para a adoção do MIP na cultura do tomateiro são necessárias três etapas básicas: a avaliação do agroecossistema (monitoramento das pragas); a tomada de decisão e a seleção dos métodos de controle a serem adotados.

Avaliação do agroecossistema

O MIP estabelece o uso de táticas (métodos) de controle baseado em informações obtidas no próprio agroecossistema. Nesta etapa são monitoradas as populações das pragas, de seus inimigos naturais, o estádio fenológico da cultura e os fatores (clima, práticas culturais, etc.) que influenciam na ocorrência das pragas e dos inimigos naturais, bem como na suscetibilidade das plantas às infestações.

Vistorias semanais devem ser realizadas nas áreas de produção, de modo a verificar a ocorrência da praga, a detecção dos focos de infestação e se há necessidade ou não de adoção de medidas de controle.

Para a realização do monitoramento recomenda-se dividir as áreas de cultivo superiores a 100 ha em talhões, conforme a cultivar, a idade das plantas, a topografia e as características de fertilidade do terreno, devendo-se percorrer toda a lavoura em zigue-zague e examinar, no mínimo, dez pontos de amostragem por talhão. O monitoramento do pulgão deve ser realizado conforme descrito a seguir.

  • Batedura de ponteiros ““ esse método é adotado na ausência de armadilhas para monitoramento. Consiste em agitar, vigorosamente, as folhas da região superior das plantas presentes em cada ponto de amostragem (01 m de fileira de cultivo) sobre uma placa ou bandeja plástica de coloração branca e avaliar a quantidade de insetos presentes na superfície. As vistorias devem ser realizadas nos primeiros 60 dias após o transplante.

Os pulgões podem atacar o tomateiro durante todo o seu ciclo - Crédito Ana Maria Diniz
Os pulgões podem atacar o tomateiro durante todo o seu ciclo – Crédito Ana Maria Diniz

A tomada de decisão

Período crítico: principalmente no início do ciclo da cultura.

Amostragem: Os pulgões devem ser amostrados no topo das plantas, batendo-se os ponteiros de cinco plantas numa bandeja branca (ponto de amostragem) em 20 pontos de amostragem/talhão.

Nível de controle: 01 inseto adulto/ponteiro.

Seleção dos métodos de controle a serem adotados:

ÃœControle cultural: produção de mudas em viveiros telados; cultivo de variedades resistentes a viroses.

ÃœControle biológico: controle biológico natural pela ação de percevejos predadores, joaninhas, crisopídeos, carabídeos, formigas e aranhas.

ÃœControle químico (princípio ativo dos inseticidas registrados): acetamiprid, carbofuran, dimetoato, diazinon, disulfoton, etion, fenitrotion, forate, imidacloprid, malation, metamidofós, metomil, naled, paration metil, permetrina, pirimicarb, protiofós, thiamethoxan, tiometon, vamidotion.

 

 

Essa matéria completa você encontra na edição de abril 2018  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

- Advertisment -

Artigos Populares

Chegam ao mercado sementes da alface Litorânea

Já estão disponíveis no mercado as sementes da alface SCS374 Litorânea, desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri em...

Alerta: Patógenos de solo na batateira

Autores Maria Idaline Pessoa Cavalcanti Engenheira agrônoma e Doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) idalinepessoa@hotmail.com José...

Maçãs: O que você ainda não sabe sobre a atividade

AutoresAike Anneliese Kretzschmar aike.kretzschmar@udesc.br Leo Rufato Engenheiros agrônomos, doutores e professores de Fruticultura - CAV/UDESC

Produção de pellets de última geração

AutorDiretoria Executiva da Brasil Biomassa Pellets Brasil Crédito Luize Hess

Comentários recentes