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Qual o correto manejo de pulgões na cultura do tomateiro?

Autores

Dirceu Pratissoli
Pesquisador – NUDEMAFI/ Depto de Agronomia – Centro de Ciências Agrárias e Engenharias/ UFES
pratissoli@cca.ufes.br
Regiane Cristina Oliveira de Freitas Bueno
Doutora e professora – Departamento de Proteção Vegetal – Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA, Campus de Botucatu – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Crédito: Luize Hess

Os pulgões são pequenos insetos, com dimensão que varia de 1,0 a 6,0 mm de comprimento; apresentam corpo mole e coloração variada. Possuem como característica a presença de três apêndices localizados na parte distal do abdome, sendo dois nas laterais, denominados sifúnculos, e um central denominado codícola, pelo qual eliminam um líquido açucarado. Apresentam um par de antenas filiformes.

A duração do ciclo dos pulgões depende diretamente da temperatura, que em média entre 23 e 24ºC é de cinco a oito dias, com longevidade média de 20 dias. Nas regiões tropicais esses insetos se reproduzem de forma assexuada durante o ano todo, por partenogênese telítoca, ou seja, só a produção de fêmeas. Cada uma tem a capacidade de gerar 80 descendentes.

Estes insetos têm o hábito de viver em colônias, sendo a maioria formada por indivíduos sem asas (ápteros). Quando a colônia se torna superpopulosa, por meio genético, dá-se início a geração de indivíduos alados, os quais são os responsáveis por migrarem para formarem novas colônias. O habitat de preferência dessas colônias são as zonas de crescimento do vegetal, como as brotações e folhas novas.

O tomate

Na cultura do tomateiro ocorrem duas espécies, Myzus persicae, vulgarmente conhecido como pulgão verde, e Macrosiphum euphorbiae, vulgarmente conhecido por pulgão da batatinha. Dentre estas espécies, a primeira é a que ataca o maior número de culturas: melancia; couve; alface; repolho; fumo; feijoeiro, maracujá, mamão, abóbora, abobrinha, batata, berinjela, brássicas, chuchu, jiló, pepino, pimentão, tomate, pimenta, gérbera algodoeiro e pessegueiro.

Já a segunda tem uma ocorrência mais restrita à batata, tomate, berinjela, pimentão, alface e fumo. A maior incidência e intensidade de infestação tem ocorrido nas regiões sudeste e sul do Brasil.

Alerta

Em um plantio, o período crítico em que as plantas podem estar suscetíveis ao ataque dessas pragas é até os 60 dias após o transplantio. No tomateiro, estas espécies podem provocar dois tipos de danos: um “direto” e um “indireto”.

O primeiro tipo de dano ocorre sempre no terço superior da planta devido à injeção de toxina e ao succionamento contínuo de seiva, o que provoca um estresse fisiológico na planta e prejudica o crescimento da mesma. 

Sintomas

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