Autores
Bruna Cristina de Andrade
brunaandrade639@yahoo.com.br
Amanda Sabino
Engenheiras agrônomas e mestrandas em Proteção de Plantas – Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Rafaela Araújo Guimarães
Engenheira agrônoma e doutora em Fitopatologia – Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Paulo Henrique Dionizio Luiz
Engenheiro agrônomo e mestrando em Fitopatologia – Universidade Federal de Viçosa
(UFV)
Ana Paula Mendes Lopes
Engenheira agrônoma e doutoranda em Proteção de Plantas – Unesp/FCA -Botucatu
Huarlen Marcio Balbino
Engenheiro agrônomo e doutorando em Fitopatologia – UFV
O controle biológico de doenças em plantas é uma prática agrícola que tem sido adotada atualmente em grandes e pequenas propriedades. A ineficiência de controle das doenças de plantas e a resistência de alguns princípios ativos de fungicidas de base química foram suficientes para promover e desenvolver trabalhos sobre o potencial do controle biológico de doenças em campo.
Sendo assim, a prática deve ser usada aliada ao manejo integrado de doenças de plantas, que além de reduzir a severidade delas, atua de forma amigável dentro do manejo da resistência a fungicidas. Esse potencial advém da característica dos produtos, que apresentam diferentes mecanismos de ação (antibiose, produção de metabólitos, produção de compostos voláteis, parasitismo, competição, indução de resistência e promoção de crescimento) contra fitopatógenos.
Doenças controladas
Na cultura da soja esse potencial vem sendo explorado no manejo de mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum), ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) e nematoides (Meloidogyne spp, Heterodera glycines e outros).
O fungo Trichoderma spp. se destaca no parasitismo de escleródios no controle da doença do mofo branco. No manejo da ferrugem, bactérias do gênero Bacillus spp. atuam na inibição da germinação de uredósporos. No controle de nematoides, diferentes fungos (Arthrobotrys spp., Purpureocillium spp. Trichoderma spp. e Pochonia spp.) atuam no parasitismo de ovos reduzindo a eclosão e juvenis de segundo estágio (J2).
Para nematoides de solo, um modelo bem disseminado e conhecido como um ‘caso de sucesso’ é o uso da bactéria Pasteuria penetrans, que atua como endoparasita, ou seja, parasita o corpo dos nematoides, reduzindo sua locomoção e capacidade infectiva e, assim, também diminui os danos às plantas e os custos de produção nas lavouras de soja. Outra vantagem desse agente de controle biológico é a alta capacidade de sobrevivência em solos e o potencial de disseminação (por produzir estruturas conhecidas como endósporos).
Este conteúdo é restrito a membros do site. Se você é um usuário registrado, por favor faça o login. Novos usuários podem registrar-se abaixo.