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Qualidade sanitária de sementes de soja utilizadas no MT na safra 2014/2015

 

Daniel Cassetari Neto

Doutor e professor de Fitopatologia/FAMEV/UFMT

casetari@terra.com.br

Eduardo Vaz

Analista de Defesa Vegetal/APROSOJA

Rafael da Silva Juliani

Lucas Manuel Arruda Marinho

Savio Henrique de Almeida Sardinha

Vinicius Sarubi

Mayara Almeida de Souza

Ygraine Jorge Figueiredo

Jessica Crstinne Marques

Kamila Bezerra da Silva

Acadêmicos do curso de Agronomia e estagiários do Laboratório de Fitopatologia/FAMEV/UFMT

 

CréditosShutterstock
CréditosShutterstock

O bom desempenho de uma cultivar no campo depende essencialmente das suas características genéticas e do manejo dispensado a todas as etapas do processo produtivo, incluindo aqui as fases de condução a campo, colheita, beneficiamento e armazenamento.

Genótipos com elevado potencial produtivo podem não corresponder à expectativa se não receberem tratamento adequado no campo. Os aspectos mais intimamente ligados à resposta produtiva de um genótipo são, sem dúvida, a população de plantas, a época de plantio, os fatores edafoclimáticos e o manejo fitossanitário da lavoura.

A colheita no momento adequado e com maquinário regulado de forma correta, o beneficiamento e as condições de armazenamento irão contribuir com a manutenção da qualidade fisiológica e sanitária da semente produzida.

Portanto, o investimento em determinado genótipo com elevado potencial produtivo demanda o conhecimento das condições em que suas sementes estão sendo produzidas, do perfil fisiológico e fitossanitário de suas sementes e a utilização de alta tecnologia de produção.

Assim, torna-se difícil dizer qual cultivar tem apresentado melhor resultado a campo, em função da grande variação dos fatores de produção mencionados. Mas é possível mostrar quais os genótipos disponíveis aos produtores de soja que têm apresentado melhores atributos fisiológicos e fitossanitários.

Lavoura saudável é sinal de produtividade - CréditosShutterstock
Lavoura saudável é sinal de produtividade – CréditosShutterstock

Um a um

Um dos fatores que mais agrega ou deprecia a qualidade fisiológica e fitossanitária de um lote de sementes é a associação de organismos causadores de doenças. Processos patogênicos já conhecidos há bastante tempo e doenças emergentes (novos processos patogênicos) têm acompanhado a expansão da cultura da soja nas áreas de cerrado do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, tornando o aspecto fitossanitário limitante na obtenção de altos índices de produtividade.

São conhecidas mais de 35 espécies de fungos transmitidos por sementes de soja, sendo Colletotrichum truncatum, Fusarium spp. (especialmente Fusarium semitectum), Macrophomina phaseolina, Cercospora kikuchii, Aspergillus spp. (especialmente Aspergillus flavus), Penicillium spp. e Rhizoctonia solani os de maior importância econômica no cerrado.

O fungo Corynespora cassiicola, agente causal da mancha alvo em soja (doença de importância crescente no cerrado) e com potencial para transmissão ou transporte por sementes, ainda não tem sido detectado com segurança em função de seu lento desenvolvimento nos testes de sanidade convencionais.

Colheitas fartas são resultado de cuidados e monitoramento da lavoura ““ Créditos Shutterstock
Colheitas fartas são resultado de cuidados e monitoramento da lavoura ““ Créditos Shutterstock

Prejuízos

Os danos causados pela associação de patógenos com sementes vão além das perdas diretas de população de plantas no campo, abrangendo também a redução do poder germinativo e do nível de vigor das sementes, a introdução aleatória e precoce de focos de infecção, a introdução de patógenos em áreas isentas, o acúmulo de inóculo em áreas de cultivo, o aumento dos custos para controle, a formação de sementes anormais (deformação e descoloração), a redução do número de sementes (menores produções), a disseminação de doenças a longas distâncias, a deterioração de sementes durante o período de armazenamento, que representa um meio de perpetuação de doenças entre gerações, a inutilização temporária de áreas para o cultivo de determinadas espécies e a contaminação de máquinas e equipamentos de colheita e beneficiamento.

Desta forma, sementes sadias (isentas de organismos patogênicos) irão originar lavouras sadias e vigorosas, ao menos nas fases iniciais de desenvolvimento vegetativo. Sementes associadas a patógenos proporcionarão lavouras com desenvolvimento inicial comprometido (baixo vigor e germinação), com a ocorrência de doenças nas primeiras fases de desenvolvimento das plantas, com menores produtividades e com custo de produção mais elevado.

CréditosShutterstock
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Essa matéria completa você encontra na edição de maio da revista Campo & Negócios Grãos. Adquira a sua para leitura integral!

 

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