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Quem plantar trigo não se arrependerá

 

Eduardo Elias Abrahim

Engenheiro agrônomo, produtor rural, vice-presidente da Associação dos Triticultores de Minas Gerais (ATRIEMG), consultor na cultura do trigo e sócio-proprietário da Abrahim Sementes e Corretora Entregrãos

eeabrahim@gmail.com

Fotos Eduardo Abrahim
Fotos Eduardo Abrahim

Com a alta do dólar aliada à baixa produção de trigo no ano agrícola 2017/18, estamos experimentando o maior preço da história do trigo no Brasil, com vendas já registradas em Minas Gerais de R$ 1.200,00/ton. Assim, quem colher até meados de setembro (a maioria dos plantios na região mineira colhem nesta época) vai ter uma alta lucratividade.

A média de produtividade em Minas e Goiás varia muito em função das regiões, por exemplo:

† Triângulo Mineiro: média de 1.500 kg/ha;

† Alto Paranaíba: média de 2.500 kg/ha;

† Sul de Minas: média de 4.000 kg/ha.

Lembrando que essas são médias. Já tivemos produtividades de 3.000 kg/ha no Triângulo, e de até 6.000 kg/ha no Sul de Minas.

Manejo para alta rentabilidade

O manejo dessa cultura também muda nas várias regiões, pela condição climática de cada uma. Então, onde temos melhores índices pluviométricos temos também maiores investimentos.

Uma boa forma de aumentar a rentabilidade é justamente fazer uma avaliação das condições da propriedade, altitude, pluviometria, tipo de solo, e assim fazer um bom custo-benefício.

O que mais contribui para boas produtividades é o clima. Assim, quanto maior a amplitude térmica (diferença da temperatura máxima e mínima), melhores serão as produções, e para o trigo safrinha conta mais o que choveu (acumulado) do que o que virá de chuva.

Os plantios de trigo irrigados têm produtividades muito acima, chegando a 7.500 a 8.000 kg/ha, com condução diferenciada e custo mais elevado, mas com retorno garantido.

Variedades

As variedades mais plantadas em Minas e Goiás são da Embrapa: BRS 264, BRS 404 e a Biotrigo, que é a maior empresa de sementes do Brasil, vem trazendo materiais para a região, como o Tbio Sintonia, que ganha espaços cada vez maiores pela boa tolerância à principal doença que ataca o trigo (brusone), e prometendo para breve novas cultivares adaptadas à região.

Eduardo Abrahim, consultor na cultura do trigo e sócio-proprietário da Abrahim Sementes e Corretora Entregrãos - Fotos Eduardo Abrahim
Eduardo Abrahim, consultor na cultura do trigo e sócio-proprietário da Abrahim Sementes e Corretora Entregrãos – Fotos Eduardo Abrahim

Mercado

Em relação ao mercado (comercialização), é muito importante que o produtor tenha conhecimento de que vender trigo não é difícil, mas é diferente de comercializar soja e milho, exigindo muitas vezes a amostra para o moinho identificar sua qualidade industrial.

Vale lembrar que os trigos produzidos no Cerrado estão hoje entre os melhores do mundo em qualidade industrial. Por isso é muito importante para o produtor ter uma negociação por meio de uma boa corretora, visando facilitar sua comercialização, a interpretação das análises realizadas pelo moinho, o acompanhamento das cargas até o destino e o recebimento da venda.

Essa matéria você encontra na edição de julho de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar.

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